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CNTSS/CUT propõe a Formação de uma Política de Saúde do Trabalhador para os servidores públicos

Segundo estudo para a América Latina do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID), 10% do Produto Interno Bruno da região se perde por causa dos 20 a 27 milhões de acidentes de trabalho ocorridos anualmente. Os dados de dezembro de 2006 apontam que 90 mil pessoas morreram no ambiente de trabalho, 250 casos fatais por dia. Por minuto, são de 30 a 50 acidentes.

Por essas razões o dia 28 de abril como o dia Mundial em Memória dos Trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho e doenças profissionais, em decorrência da explosão na mina de Farmington – Virginia – Estados Unidos – no dia 28 de abril de 1969- onde morreram 78 mineiros vítimas das más condições de trabalho, continua ainda a ser um dia de muita reflexão.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2003 estabeleceu o dia 28 de abril como – o dia Mundial em Memória dos Trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho e doenças profissionais- em decorrência da explosão na mina de Farmington -Virginia – Estados Unidos – no dia 28 de abril de 1969- onde morreram 78 mineiros vítimas das más condições de trabalho, continua ainda a ser um dia de muita reflexão.

Neste dia, entidades dos mais diversos segmentos de todo o mundo se unem para, em memória das vítimas de doenças e acidentes de trabalho, propor à sociedade uma reflexão e mobilização permanentes contra essa grave situação. Mudar essa situação significa implementar políticas públicas que melhorem as condições de saúde e segurança no trabalho, que direcionem o uso de novas tecnologias para que poupem o trabalhador das atividades perigosas e penosas e reduzam suas jornadas de trabalho.

No Brasil, segundo a OIT , fala-se em 1,3 milhões de acidentes do trabalho no Brasil por descumprimento de normas básicas de proteção dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho.

As estatísticas oficiais de 2005, um número expressivo de brasileiros – 491.711 segurados pelo INSS foram vítimas de acidentes e doenças durante o exercício de suas atividades, com maior incidência de ferimentos, fraturas e traumatismos de punho e mão, incluindo amputações, queimaduras, corrosões e esmagamento.

Não podemos esquecer de lembrar das condições precárias no local de trabalho, os baixos salários, o assédio moral, o estresse pelo acumulo de trabalho,principalmente no segmento da saúde, gerando estresse e desgaste psíquico enfraquecendo o trabalhador, onde muitas vezes fica exposto a problemas de saúde que a Previdência Social não reconhece.

Sem contar que o aumento alarmante de desemprego faz crescer o número de trabalhadores informais. Os casos de acidentes ou doenças profissionais que acontecem entre os trabalhadores não registrados não são notificados.

O mais crítico é que nos demais países mais desenvolvidos , os dados também são alarmantes, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ocorrem anualmente, em todo o mundo, cerca de 450 milhões de acidentes e doenças do trabalho

A CNTSS/CUT frente a este triste diagnóstico, entende que tem um desafio: convencer os governos das esferas municipais, estaduais e federais a discutir com os trabalhadores (as) do serviço público, a formação de uma política de saúde do trabalhador para os servidores públicos, dentro de uma concepção que este trabalhador é um ator com plenas condições de discutir, intervir , modificar e propor, compreendendo as relações de trabalho de tal forma que venha contribuir para a melhora de seu ambiente de trabalho, reduzindo a incidência de acidentes e doenças decorrentes do processo de trabalho, portanto melhorando o desempenho de suas atribuições e devolvendo a população, o serviço publico de qualidade que ela merece.

Neste dia 28 de abril, desejamos, em memória , daqueles que sofreram e sofrem até hoje, as conseqüências dolorosas do mundo do trabalho, a nossa proposta , de lutar, de criar mecanismos para discutir a saúde do trabalhador em uma concepção de qualidade de vida, onde, o saber desse trabalhador, tenha relevância na elaboração de políticas públicas, que venham de forma efetiva e eficiente, contribuir para que, nos próximos anos, esses índices de acidentes de trabalho possam ser diminuídos.

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