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Fila para exames ginecológicos diminui, mas não zera em São Paulo

Tempo de espera passou de sete meses para três. Para 2014, prefeitura espera mais recursos para diminuir ainda mais a demora no atendimento

São Paulo – A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo conseguiu reduzir o tempo de espera para os três exames mais demorados da rede (mamografia e ultrassom de mamas e transvaginal), mas não zerou a fila, conforme compromisso assumido em março. A fila para a realização de exames, em geral, caiu de cerca de 300 mil pessoas para 200 mil em 2013 – entre elas, 15% aguardam desde 2012.

O secretário de Saúde, José de Filippi Júnior, diz que se comprometeu em “reduzir a fila” e que esse objetivo foi alcançado, uma vez que o tempo médio de espera passou de sete meses para três.

“Sobre os três exames femininos, nós fizemos uma ação concentrada que atingiu o objetivo. Hoje eles não são mais os campeões da fila. Reduzimos a espera, junto com a de endoscopias, por meio de um conjunto de ações ao longo do ano, que nos permitiu ter mais previsibilidade”, afirmou Filippi, durante a entrega das chaves do Hospital Santa Marina, na zona sul de São Paulo, na manhã de segunda-feira (16).

“Nosso compromisso foi enfrentar a redução da fila com muita determinação, mas nunca falamos que nós íamos zerar”, completou. 

Quando o compromisso foi assumido, a expectativa era atender em até três meses as 90 mil mulheres que aguardavam pelos exames, sendo 70 mil que esperavam pela ultrassonografia transvaginal, o campeão em fila de espera. Na ocasião, foi firmada uma parceria com o Ministério da Saúde, no qual o governo federal se comprometeu a repassar R$ 120 milhões para a prefeitura implementar a Rede Hora Certa, uma das principais promessas de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT).

O programa prevê a construção, nas 31 subprefeituras, de unidades de saúde para a realização de exames de média e alta complexidade e de cirurgias não urgentes. Até agora três unidades móveis do Hora Certa foram inauguradas: São Mateus, Pirituba e Capela do Socorro. Outro posto, no Vale do Anhangabaú, não foi inaugurado oficialmente, mas já realiza atendimentos.

Das seis unidades fixas previstas para esse ano (Brasilândia, M’Boi Mirim, Itaim Paulista, M’ Boi Mirim I, Hora Certa Penha, Lapa) apenas a da Freguesia do Ó/Brasilândia já este em operação, desde a última semana.

“Nós basicamente trabalhamos com o orçamento de 2012, então procuramos fazer um trabalho mais de gestão, com poucas contratações de serviços novos. Foi aquilo que o orçamento permitiu”, explicou o secretário. “Estou muito otimista que em 2014, com mais recursos, nós vamos continuar melhorando a gestão e vamos também aumentar a oferta e baixar ainda mais o período de espera.”

Para consultas com especialistas, profissionais não médicos e a primeira consulta para realização de cirurgia, a fila de espera soma 700 mil pessoas, contra 800 mil no começo da gestão. “A fila é importante e nós vamos ter esse número sempre como uma referência. Agora, o que nós temos que colocar como uma variável é o tempo que a pessoa aguarda. Vamos nos focar para que reduza”, disse Filippi.

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