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Parada LGBT: CUT reivindica expansão de direitos para casais homoafetivos

A festa e o colorido, marcas registradas da Parada do Orgulho Gay, continuam sendo um espetáculo para as mais de 3 milhões de pessoas que acompanharam o evento.

Este ano, o tema da 14º Parada LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) foi o fim da homofobia, com apoio ao projeto de lei 122, de 2006, que coíbe essa prática.

A Central Única dos Trabalhadores levou para o debate a necessidade da extensão de direitos para os casais homoafetivos. O coordenador do coletivo LGBT da CUT/SP, Marcos de Abreu Freire, explica a importância da Central na participação da parada. “Nós não viemos apenas para festejar, mas, sim, para debater temas importantes e organizar estes trabalhadores (as), para que nossos companheiros tenham assegurado os mesmos direitos que temos, como, por exemplo, plano de saúde e pensão”.

Durante o trajeto, que teve seu término na Praça Roosevelt, os representantes da Central realizaram falas, alertando sobre a discriminação sofrida nos locais de trabalho e repudiaram a postura de políticos homofóbicos.

PRECONCEITO
No trio elétrico estava o Secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores em áreas indígenas (SINTRAIN) de Roraima, Delmiro José Carvalho Freitas. O sindicato presta serviço em conjunto com a FUNASA, na área da saúde, sendo responsável pelo tratamento de aproximadamente 1.500 indígenas. Segundo Delmiro, nas 40 comunidades em que atua há registro de homossexualismo. Porém, diferentemente dos grandes centros urbanos, eles são tratados de maneira igual e sem preconceitos.

O Secretário de Finanças da CUT/SP, Renato Zulato, participou da atividade e confirmou o apoio à iniciativa, por entender que ela representa uma grande e importante parcela de trabalhadores (as). “Termos que estar juntos de nossos companheiros, pois são trabalhadores e trabalhadoras que necessitam de nossa atenção e apoio para lutar por seus direitos e diminuir a discriminação que ainda existe no mercado de trabalho”.

PRÊMIO
O coletivo LGBT da CUT/SP foi premiado pela associação da Parada Gay de São Paulo pela luta travada pelos direitos dos trabalhadores (as). Para o diretor da FETEC-CUT e integrante do coletivo LGBT da CUT/SP, Maikon Azzi, a premiação é resultado da forte atuação dos companheiros (as). “Nosso coletivo existe desde 2004 e já participamos de diversas atividades, como, por exemplo, a primeira Marcha Nacional contra Homofobia realizada em Brasília, em maio deste ano, e agora fomos premiados pela conquista no acordo coletivo nacional pela extensão de direitos homoafetivos na categoria bancária, o que nos deixa muito felizes”.

ATIVIDADES
A Central Única dos Trabalhadores participou da 10º Feira Cultura LGBT, realizada na última quinta-feira (03/06), no Vale do Anhangabaú. Com público aproximado de 50 mil pessoas, a CUT e os movimentos sociais abordaram questões relativas à saúde e políticas públicas em mais de 50 estandes. Na feira, foram distribuídos panfletos, cartilhas e revista.

No sábado, as cutistas participaram da 8º Caminhada Lésbica promovida pela Liga das Lésicas, em que mais de 3 mil mulheres, concentradas na Praça Oswaldo Cruz, seguiram até o vão livre do MASP.

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