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Renda em alta e desemprego em queda

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2012, divulgada hoje (27) pelo IBGE mostra a taxa de desemprego no menor patamar da história (6,1%), avanço de 5,8% no rendimento médio dos trabalhadores e nova queda no índice que mede a desigualdade entre os brasileiros, desta vez para abaixo de 0,5. As informações são do site do IBGE.

A PNAD é realizada desde 1967 e traz informações sobre população, migração, educação, trabalho, rendimento e domicílios para Brasil, grandes regiões, estados e regiões metropolitanas.

A taxa de desocupação das pessoas com 15 anos ou mais de idade foi de 6,1% em 2012, abaixo dos índices de 2011 (6,7%) e de 2004 (8,9%). Já o percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (74,6%) manteve-se estável de 2011 para 2012, embora o número absoluto tenha crescido 3,2%.

Houve avanço também nos indicadores nacionais relacionados ao trabalho infantil. Em 2012, havia 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos de idade trabalhando, 156 mil a menos que em 2011. O nível da ocupação (proporção de ocupados nessa faixa etária) das pessoas de 5 a 17 anos foi de 8,3% em 2012, frente a 8,6% em 2011.

A PNAD 2012 mostra também ganho de 5,8% no rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais de idade ocupadas e com rendimento, na comparação entre 2011 (R$ 1.425,00) e 2012 (R$ 1.507,00), o que ocorreu em todas as regiões.

Por outro lado, aumentou a desigualdade entre homens e mulheres nesse período: em 2012, as trabalhadoras recebiam o equivalente a 72,9% (R$ 1.238,00) do rendimento dos homens (R$ 1.698,00); em 2011 esta proporção era de 73,7%.

A concentração de renda também diminuiu de 2011 para 2012. O índice de Gini do rendimento do trabalho, que mede o grau de concentração de renda, cujo valor varia de zero (perfeita igualdade) a um (a desigualdade máxima), manteve a tendência de queda observada em anos anteriores e passou de 0,501 em 2011, para 0,498 em 2012. Houve estabilidade no Gini do rendimento médio mensal real de todas as fontes, que continuou em 0,507, de 2011 para 2012. Também o Gini do rendimento domiciliar não se alterou significativamente (de 0,501 para 0,500).

O número de analfabetos de 15 anos ou mais de idade no Brasil passou de 12,9 milhões para 13,2 milhões de pessoas entre 2011 e 2012. Com isso, a taxa de analfabetismo, que era de 8,6% em 2011, chegou a 8,7% em 2012. No Nordeste, o contingente aumentou de 6,8 milhões para 7,1 milhões, e a taxa passou de 16,9% para 17,4% em 2012. A região concentrava mais da metade dos analfabetos brasileiros.

Ao mesmo tempo, o percentual de pessoas de 25 anos ou mais de idade sem instrução ou com menos de um ano de estudo caiu de 15,1% para 11,9% no Brasil, uma diminuição 3,4 milhões de pessoas em um ano. Já o percentual de pessoas com nível superior completo passou de 11,4% em 2011 para 12,0% em 2012, um aumento de 6,5% (867 mil pessoas a mais), totalizando 14,2 milhões de pessoas.

Para o Secretário de Relações de Trabalho da CUT SP Rogério Giannini, esses números são favoráveis ao debate sobre o PL de terceirização 4330. “Parte dos argumentos do empresariado é de que mais flexibilização contribuiria para aumentar a formalização, mas como os dados indicam não há nada na legislação que desfavoreça o emprego, ao contrário, por não haver regulamentação das demissões observamos um fenômeno curioso, que é diminuição do desemprego com uma rotatividade altíssima” conclui Giannini.

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