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Saúde mental, políticas públicas e medicalização

O “Seu Jornal”, da TVT, publicou no dia 17 de janeiro, uma reportagem sobre o aumento de transtornos mentais ocorridos durante a pandemia e o governo Bolsonaro. O jornal ouviu a opinião de Leonardo Pinho, vice-presidente da Abrasme (Associação Brasileira de Saúde Mental) e Fernanda Magano, diretora do SinPsi e membra da mesa diretora do Conselho Nacional de Saúde.

Para Pinho, a combinação de pandemia, desemprego, fome e insegurança generalizada durante o governo recém defenestrado agravou os casos de transtornos mentais, depressão e ansiedade. Em uma reflexão complementar, Fernanda Magano afirmou que são necessárias políticas públicas mais amplas, que atendam a condições de vida saudável, com direito a lazer, alimentação e trabalho decente. “Temos de ter um olhar ampliado para a saúde mental”, afirma a dirigente do SinPsi.

Ambos concordaram que é necessário haver uma redução do uso de medicamentos e um combate à medicalização social, principalmente de remédios antidepressivos e outros, que causam dependência. Para Fernanda, o uso racional de uma medicação, quando necessária, deveria vir acompanhada de avaliação de uma equipe multidisciplinar e com a perspectiva de parar seu uso assim que possível.

O uso de medicamentos é um fenômeno mundial; a reportagem afirma que entre 2014 e 2018, o uso de antidepressivos aumentou mais de 20% em todo o mundo, incluindo o Brasil. Para atacar esse problema, a ministra da Saúde, Nisia Trindade, propôs a criação de um departamento específico no âmbito do Ministério para cuidar das questões que envolvem a saúde mental da população.

Confira no vídeo a reportagem

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