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Sindicato dos Bancários de São Paulo lançam campanha contra o assédio moral

São Paulo – Saia do isolamento. Este é o tema da nova campanha de combate ao assédio moral lançada nesta quarta-feira, dia 13, pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. O objetivo é levar mais informações aos bancários sobre o tema e, principalmente, incentivar que vítimas e testemunhas denunciem o assédio moral.

“O grande desafio é garantir que esta campanha chegue aos 130 mil bancários de São Paulo, Osasco e região. Vamos distribuir a cartilha sobre o assédio moral e os outros materiais que o Sindicato produziu nos 3 mil locais de trabalho da nossa base para que os bancários conheçam bem o problema e saibam como se defender”, disse o secretário de Saúde do Sindicato, Walcir Previtale, durante a solenidade de lançamento.

> Leia a cartilha sobre a campanha contra o assédio moral

Gilberto Miranda, do Instituto Nacional de Saúde no Trabalho (Inst) da CUT, parabenizou a iniciativa do Sindicato e destacou que a CUT tem orientado suas entidades filiadas a promover campanhas para combater o assédio moral. “Os bancários estão entre os que mais sofrem com o assédio moral. Temos uma pesquisa de 1979 que mostra que o trabalho bancário é um desencadeador de doenças mentais. Antigamente a categoria tinha o Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAPB), que atendia muitos bancários com doenças de origem nervosa. O assédio moral é muito antigo, mas agora ele pode ser caracterizado e deve ser denunciado”, comentou.

A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) Deise Recoaro destacou que as mulheres são as principais vítimas do assédio moral. “As bancárias sofrem muito com este problema, mas também procuram mais o Sindicato para ajudá-las do que os homens. Temos denúncias gritantes de assédio moral na categoria por causa do modelo de gestão dos bancos. Os bancários são hoje verdadeiros vendedores de produtos e sofrem uma pressão muito grande. A violência organizacional nos bancos é um grave problema que pode ser combatida com união. Por isso, o Sindicato foi muito feliz ao escolher o slogan da campanha: saia do isolamento”, disse Deise.

Para a diretora de Saúde da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Crislaine Bertazzi, o assédio moral é uma política de gestão dos bancos e o Sindicato tem o grande desafio de combatê-lo. “É um problema que degrada o trabalho e a dignidade humana. As outras categorias nos consideram especialistas no assunto. Mas nós conhecemos bastante sobre o assédio moral porque os bancários estão entre os que mais sofrem com ele”, afirmou.

A diretora do Sindicato Rita Berlofa, que já foi secretária de Saúde da entidade, explicou que o assédio moral é um dos temas mais importantes para a categoria. “O Sindicato já investiu muito para combater o problema, pois sabemos o sofrimento que o trabalhador passa por causa disso. Esta não é a primeira campanha que fazemos. Quando começamos a trabalhar com o tema, nem os próprios sindicalistas sabiam o que era o assédio moral. Depois de muita pesquisa e com a ajuda de especialistas, hoje temos um acúmulo muito grande nesta questão”, disse.

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