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1º de maio: emprego, renda, direitos e democracia

Nesta segunda-feira, 1º de maio, trabalhadoras e trabalhadores de todo o país saem às ruas para comemorar o Dia Internacional do Trabalhador, data que carrega todo o simbolismo de luta e resistência de classe.

E este ano, por diferentes e diversas razões, será um 1º de maio especial. Primeiro porque resistimos a quatro anos de governo neofascista, que tentou de todas as formas destruir direitos e conquistas em favor do lucro dos empresários. A reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer se aprofundou no governo Bolsonaro; centenas de normas que regulamentavam questões de segurança e saúde em diversos setores da economia foram extintas, assim comissões tripartites (composta por representantes do governo, dos empresários e dos trabalhadores). O tripé governo reacionário, pandemia e reforma trabalhista e previdenciária causou um dos maiores arrochos salariais da história do país, desemprego em massa, destruição de direitos e precarização das condições de trabalho.

Mesmo nesse cenário quase apocalíptico, a classe trabalhadora resistiu, saiu às ruas quando foi possível após a pandemia, enfrentou os discursos de ódio e elegeu um governo democrático, um presidente com fortes raízes nos segmentos mais necessitados da população. Isso não é pouco e deve ser comemorado.

E o sentido de “comemorar” não é dizer “sim” a tudo o que o governo propõe, mas, com pressão, mobilização e propostas, ajudar a reconstruir o país arrasado nos últimos anos desde o golpe que depôs a presidente Dilma Rousseff.

“A classe trabalhadora resistiu, lutou e agora pode respirar, ter esperança, porque, neste 1º de maio vai celebrar a sua maior conquista dos últimos anos: Lula, um governante democrático, na Presidência da República, porque vencemos quem tentou nos derrotar, quem tentou acabar com a gente, com a democracia; a classe trabalhadora voltou a ser ouvida e respeitada, voltou a ser protagonista e a participar das decisões dos rumos do país”, afirmou o presidente da CUT nacional Sérgio Nobre, ao portal da entidade.

Em São Paulo

Diversas cidades polo do estado realizarão atividades nesta segunda, mas a maior ocorre na capital paulista. Pelo quinto ano consecutivo, o ato será unificado entre as centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical Instrumento de Luta, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública) e tem como mote “Emprego, Renda, Direitos e Democracia”.  Sob esse slogan geral se alinham 15 pautas específicas:

Valorização do salário mínimo

Valorização do servidor e da servidora público
Regulamentação do trabalho por aplicativos
Em defesa das empresas públicas
Revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista 

Fortalecimento da democracia
Revogação do “novo” ensino médio
Desenvolvimento sustentável com geração de empregos de qualidade

Muito show e atividades culturais

Durante todo o evento, artistas como Leci Brandão, Edi Rock, Ilu Obá de Min, MC Soffia e Zé Geraldo, entre outros dividem o palco em atividades culturais e musicais.

Recomenda-se levar capa de chuva, pois a previsão ainda será de tempo instável.

Normas de segurança

O portal da CUT informa que haverá uma série de normas de segurança.

“Por exigências dos órgãos de segurança pública, o acesso do público a área do evento será único (lateral da av. São João, em frente à Praça Pedro Lessa (Praça do Correio), terá pórticos com detectores de metais e revista em bolsas e mochilas. Toda área será cercada por tapumes, conforme exigência da administradora do Vale do Anhangabaú.

A entrada de ambulantes no espaço reservado ao público está proibida. Está proibida também a entrada de objetos cortantes, perfurantes, rígidos, fogos de artifício, latas, garrafas (inclusive plásticas). As bebidas vendidas nos quiosques da concessionária da área do evento serão servidas diretamente em copos (assim como é feito em estádios de futebol). Haverá dois pontos das centrais para distribuição de água potável. O evento terá 400 seguranças privados, além do contingente policial destacado pelos órgãos públicos de segurança, 300 banheiros químicos e dois postos médicos (um próximo à lateral do palco e outro na confluência da São João com o Anhangabaú, em frente a Agência dos Correios)”.