Neste domingo, 2 de outubro, todas/os temos um histórico compromisso: escolher o futuro do país para os próximos anos. Esta eleição é marcada pela polarização da sociedade e pelo aprofundamento de práticas antidemocráticas, como o incentivo à agressão física contra oponentes, criação de “gabinetes de ódio” para espalhar mentiras, ataques virtuais (não apenas) contra jornalistas e outros segmentos considerados “inimigos” entre tantas outras barbáries como as vistas nos ataques à democracia, no descaso ao combate à pandemia, no negacionismo da ciência, na destruição da Amazônia, no empobrecimento geral das pessoas, na precarização do trabalho, na liberação do porte indiscriminado de armas e tantos outros desmandos, escândalos e escalada de violência.
Não está descartado, dessa maneira, que grupos mais radicais de apoiadores do atual presidente da República protagonizem cenas de violência durante o dia da eleição, ou nos dias subsequentes, a depender do resultado, até aqui favorável à oposição.
Coincidentemente, 2 de outubro também é a data instituída pela ONU como o dia mundial da não violência, em homenagem ao nascimento do líder pacifista indiano Mahatma Gandhi. É, também, uma data marcada por vários outros acontecimentos. Veja alguns:
1869 – Nascimento de Mahatma Gandhi.
1932 – Fim da Revolução Constitucionalista, com a vitória das forças federais sobre as paulistas.
1992 – Chacina do presídio do Carandiru, em São Paulo, com 111 detentos mortos pela Polícia Militar.
1992 – Fernando Collor de Mello é afastado da presidência durante processo de impeachment.
2018 — O jornalista saudita Jamal Khashoggi é assassinado dentro do consulado saudita em Istambul.
Esperamos que o 2 de outubro de 2022 seja lembrado no Brasil como o dia em que a democracia derrotou o ódio. Um bom dia de eleição para todos nós, com paz, disputa democrática e desejo de um país melhor, mais justo e solidário.
