Cerca de 40 mil professores reunidos em assembleia na sexta-feira, 12, decidiram dar continuidade à greve deflagrada no dia 5 de março. Os professores tomaram todo o vão livre do MASP e as duas pistas da avenida Paulista, desmoralizando a versão propagada pelo governo Serra e setores da mídia de que a greve teria atingido apenas 1% dos professores.
Informes das subsedes durante a realização da reunião do Conselho Estadual de Representantes garantiram que 80% dos professores de todo o Estado paralisaram suas atividades. Logo após a assembleia, os grevistas dirigiram-se, em passeata, até a Praça da República.
Os professores aprovaram, ainda, a realização de uma nova assembleia para a próxima sexta-feira, dia 19, a partir das 14 horas, novamente no vão livre do MASP (avenida Paulista). O calendário aprovado prevê a realização, na próxima quarta-feira, 17, de “pedágios” nas principais avenidas das cidades – ou atos em praças públicas, panfletagem com carro de som etc, a critério de cada subsede. A reunião do CER aprovou, e a assembleia referendou, a sugestão da frase para as faixas a serem levadas aos pedágios: “Serra mente para o povo/ A Educação pede socorro!”
Principais eixos do nosso movimento:
* Reajuste salarial imediato de 34,3%;
* incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados;
* por um plano de carreira justo; pela garantia de emprego;
* contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito);
* pela revogação das leis 1093,1041,1097;
* concurso público de caráter classificatório;
* contra as reformas do Ensino Médio;
* contra a municipalização do ensino;
* pela luta contra o PLC 1614 (avaliação nacional dos professores).