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Contra o sucateamento dos serviços públicos

O presidente do Conselho do Funcionalismo do Estado de São Paulo (Simpi), Carlos Ramiro de Castro (Carlão), informou que o funcionalismo estadual está preparando para o final de maio uma paralisação “contra o sucateamento dos serviços públicos pelo governo José Serra, que está desrespeitando os usuários e desvalorizando os profissionais do setor”.

Em reunião realizada nesta quarta-feira (8), na capital paulista, o comando das 38 entidades do funcionalismo estadual apontou o dia 29 de maio como data de referência para uma grande assembléia seguida de passeata.

“Nossa prioridade é a abertura de negociação, com respeito à data-base, aprovada pela Assembléia Legislativa, mas irresponsavelmente ignorada pelo governo. Defendemos o reajuste anual com reposição de perdas, a incorporação das gratificações aos salários, com extensão aos aposentados, e um Plano de Carreira para todas as categorias”, esclareceu Carlão, que também é membro da executiva da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

De acordo com Carlão, o diálogo com a sociedade é fundamental, uma vez que parcela expressiva da mídia tem silenciado diante dos abusos e arbitrariedades do governo tucano. No caso específico dos professores, acrescentou o dirigente do Simpi, é essencial a mobilização da comunidade escolar, ganhando pais e alunos para ampliar a pressão sobre o governo, já que a chamada grande imprensa tem feito de tudo para encobrir a política em curso “de desvalorização dos profissionais da educação, a quem faltam condições mínimas de trabalho e de infraestrutura”. “Há um abandono das escolas: sem carteiras, bibliotecas, lousas, laboratórios e com as salas superlotadas”, denunciou.

“A verdade é que tem faltado investimentos em serviços essenciais básicos. O reflexo disso na segurança é o aumento da violência; na saúde, é o avanço da terceirização e a queda na qualidade dos serviços; nos transportes, é o assalto ao bolso dos usuários, com a entrega das rodovias à iniciativa privada, que redundam nos pedágios mais caros do país”, acrescentou. Carlão lembrou que todos estes problemas fazem parte do receituário neoliberal do Estado mínimo, tratando-se, pois, de uma concepção política e ideológica contra o povo, que aprofunda a exclusão. “O governo estadual está jogando no desmonte, na terceirização e na privatização, formando fundações para entregar os serviços públicos para a iniciativa privada, para as chamadas organizações sociais”.

PROFESSORES – Aquecendo os motores para a mobilização unificada do funcionalismo, a Apeoesp cobra o atendimento à pauta de reivindicações do magistério público estadual no próximo dia 24 de abril, em assembléia na Praça da República, em frente à Secretaria de Educação.

Segundo a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel), entre as prioridades da categoria estão a garantia de 33% da jornada para atividade extraclasse, conforme determina a Lei do Piso nacional do Magistério; estabilidade a todos os professores admitidos em caráter temporário; ingresso por concurso público classificatório; reposição salarial de 27,5%; incorporação de todas as gratificações aos aposentados e Piso Salarial do Dieese (R$ 2.075,55).

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