Dirigentes CUTistas vão explicar para os trabalhadores que o fim do tributo é essencial para acabar com os sindicatos fantasmas, que nada fazem por eles
No Dia Internacional do Trabalhador, a CUT vai coletar votos no Plebiscito Nacional sobre o Fim do Imposto Sindical em todas as cidades brasileiras onde estão programadas comemorações.
Para os dirigentes CUTistas, 1º de maio é, também, dia também de conscientizar os trabalhadores sobre a importância da liberdade de organização e democratização das entidades sindicais para manutenção de conquistas e ampliação de benefícios, como melhoria de condições de trabalho e renda. Por isso, a CUT vai aproveitar a festa deste ano para reafirmar sua concepção, seu projeto político-organizativo, cujos eixos são a liberdade e a autonomia sindicais, coletando votos, falando com toda a sociedade, explicando porque é importante mudar a estrutura sindical brasileira, como vem fazendo desde o dia 26 de março, quando lançou o Plebiscito sobre o fim do imposto.
Para a CUT, este tributo compulsório, que equivale ao desconto de um dia de salário por ano de todos os trabalhadores com carteira assinada do país, contribui para aumentar o número de sindicatos de gaveta, fantasmas, que não representam os trabalhadores. A Central defende a substituição do imposto sindical por uma contribuição negocial, aprovada em assembleia após as negociações feitas pelos dirigentes. O trabalhador decide com quanto quer contribuir para manter o seu sindicato de forma absolutamente democrática e transparente.
“Precisamos de sindicatos representativos, que defendam, de fato, os direitos dos trabalhadores, que lutem por mais conquistas e benefícios que melhorem a vida das pessoas. Precisamos de liberdade de organização sindical, pois, sem isso, não vamos consolidar uma sociedade efetivamente democrática, com justiça social”, argumenta o presidente da CUT, Artur Henrique. Segundo o dirigente, “o fim do imposto sindical é essencial para que isso aconteça”.
CUT São Paulo
Em São Paulo, a festa será no Vale do Anhangabaú e começará no dia 30, com shows de artistas como Grupo Bom Gosto, Sampa Crew, Marcinho do Cavavo, Hugo& Tiago, Jorge Aragão e Arlindo Cruz, entre outros. Além disso, será realizada no local uma Feira Gastronômica de comidas típicas brasileiras das regiões sudeste (como o rojão de carne), norte (vatapá), centro-oeste (empadão goiano), sul (arroz carreteiro) e nordeste (tapioca) que serão vendidas a preços acessíveis.
Para o dia 1º , estão programados um ato inter-religioso e shows com Elba Ramalho, Renato Borguetti, Paula Fernandes, Turma do Pagode, Belo, Edson&Hudson, Leonardo e Pixote.
Urnas no Vale do Ahangabaú
Nos dois dias de festa em São Paulo serão colocadas várias urnas no Vale do Anhangabaú para que os trabalhadores possam votar sem precisar ficar em filas. Quem quiser, também pode votar através da internet. Basta acessar o site da CUT e clicar na urna, acessar o http://diganaoaoimposto.cut.org.br/ e seguir as orientações para concluir o voto. A votação vai até o dia 15 de junho.
O Plebiscito sobre o Fim do Imposto Sindical é primeira ação da Campanha Nacional por Liberdade e Autonomia Sindical que a CUT realiza até agosto do ano que vem, quando a central completa 30 anos. A segunda ação, que será lançada em julho, durante o Congresso Nacional da CUT, será um abaixo assinado pela ratificação da Convenção 87 da OIT, que trata justamente de liberdade sindical e proteção do direito sindical.