Projeto representa a consolidação de uma rede de informação popular feita por trabalhadores, para trabalhadores
A Central Única dos Trabalhadores completará 29 anos nesta terça-feira (28) com uma iniciativa ousada: o lançamento da Rádio Brasil Atual FM 24 horas no ar. O projeto representa a consolidação de uma rede de informação popular feita por trabalhadores, para trabalhadores.
Sob a frequência 98,9 FM em São Paulo, 93,3 FM no litoral paulista e 102,7 FM no noroeste paulista, e alcance estimado em 22 milhões de pessoas, a Brasil Atual já é transmitida em caráter experimental.
A rádio teve início há sete anos com o programa Jornal dos Trabalhadores. Agora, faz parte de um empreendimento de comunicação, denominado Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho, que une dezenas de entidades sindicais e agrega a Revista do Brasil, jornais regionais impressos, como o ABCD Maior, TV dos Trabalhadores (TVT) e o portal Rede Brasil Atual.
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A rádio opera faixas de FM em regime de concessão e com espaço para a construção de programação própria durante 24 horas. Anteriormente, eram locados os horários de transmissão, no qual o carro chefe da programação, o Jornal Brasil Atual, era transmitido das 7h às 8h. Hoje, o jornal tem duas horas de duração.
Histórico
Tudo teve início em setembro de 1987, quando foi feito o primeiro pedido de concessão de canais de rádio e televisão para os trabalhadores por meio de sindicatos. Foram quatro concorrências de concessão, sendo todas negadas, apesar de os requisitos exigidos na lei terem sido cumpridos.
Em 1992, houve mais uma negativa, à época já em nome da Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho. Finalmente, no dia 6 de julho de 2012 foi oficializada a concessão de um espaço radiofônico em FM para um projeto concebido e desenvolvido por entidades de trabalhadores.
29 Anos de CUT
No dia 28 de agosto de 1983, nos estúdios da Companhia Vera Cruz de Cinema, em São Bernardo do Campo, foi fundada a CUT, durante o 1º Congresso da Classe Trabalhadora (foto). Mais de cinco mil trabalhadores de todo o país participaram e elegeram a direção nacional, tendo como coordenador-geral o metalúrgico Jair Meneguelli.
Consolidou-se, naquele momento, a necessidade de combater a estrutura sindical oficial e, com isso, avançar para democratizar as relações de trabalho no país e construir uma sociedade justa, livre e igualitária.
Nos seus 29 anos de história, a luta pela democratização da comunicação se tornou pauta na agenda da CUT, além do entendimento de que era necessária a construção de veículos populares para dar voz à classe trabalhadora. Hoje, a expansão do projeto de comunicação sindical se consolida como um importante contraponto aos grandes veículos de comunicação.