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Dia 8 de março: mulheres na luta contra o machismo, contra a violência e contra todos os retrocessos nos seus direitos!

Para a Fenapsi, cuja base conta com mais de 240 mil mulheres no País, o Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira, 8 de março, é momento de reafirmar a luta contra o machismo, de cobrar o fim do feminícidio e de reforçar a luta contra os retrocessos diante de quaisquer direitos feministas. E, este ano, as atenções devem estar redobradas nesta data.

Afinal, a conjuntura política é extremamente desfavorável à classe trabalhadora e, sobretudo às mulheres trabalhadoras. É que as manobras e o ímpeto do governo Temer em aprovar reformas, como a da Previdência, a Trabalhista, o projeto da terceirização, entre outros vão trazer graves prejuízos a direitos conquistados, além de comprometer as futuras gerações e o povo que mais depende das políticas públicas.

Diante desse cenário, a Fenapsi reforça a importância de se ficar antenada à tramitação dos projetos neoliberais do governo, no Congresso. Por isso, a Fenapsi alerta a categoria sobre a extrema necessidade de se fazer o enfrentamento disso.

Com a aprovação dessas propostas, o abismo social do Brasil só tende aumentar. E nessa seara, com mais dificuldades financeiras, com falta de investimentos em políticas públicas, o agravamento de problemas relativos à saúde mental só tendem a aumentar. Fazendo ampliar todo o machismo conjuntural presente na sociedade, trazendo como consequência mais situações de violência extrema contra as mulheres, sobretudo as negras e as pobres (“ou quase pretas, ou quase brancas quase pretas de tão pobres”).

Para a Fenapsi, que tem sua base composta majoritariamente por psicólogas (quase 250 mil), representando cerca de 90% da Psicologia brasileira, é essencial que a categoria fique atenta à luta dos movimentos sociais, do movimento feminista neste 8 de março e nos demais dias do ano.

Basta de violência contra a mulher! Basta de machismo, opressão e de reformas neoliberais e de retiradas de direitos!

Números da violência contra a mulher!

Dados do Datafolha, divulgados nesta quarta-feira, 8 de março, mostram que 22% das brasileiras sofreram ofensa verbal em 2016, um total de 12 milhões de mulheres. Além disso, 10% das mulheres sofreram ameaça de violência física, 8% sofreram ofensa sexual, 4% receberam ameaça com faca ou arma de fogo. E ainda: 3% ou 1,4 milhões de mulheres sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento e 1% levou pelo menos um tiro.

A pesquisa mostrou que, entre as mulheres que sofreram violência, 52% se calaram. Apenas 11% procuraram uma delegacia da mulher e 13% preferiram o auxílio da família. E o agressor, na maior parte das vezes, é um conhecido (61% dos casos). Em 19% das vezes, eram companheiros atuais das vítimas e em 16% eram ex-companheiros. As agressões mais graves ocorreram dentro da casa das vítimas, em 43% dos casos, ante 39% nas ruas.

Ademais, cerca de 40% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio. Os assédios mais graves aconteceram entre adolescentes e jovens de 16 a 24 anos e entre mulheres negras. Só entre as vítimas de comentários desrespeitosos, 68% eram jovens e 42% mulheres negras. Já em assédio físico em transporte público, 17% eram jovens e 12% negras.

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