Trabalhadores da saúde decidiram em assembleia na sexta-feira, dia 19, paralisação de 48 horas hoje e amanhã em protesto contra o descaso do governo Serra que mais uma vez não apresentou proposta salarial na data-base da categoria nem cumpriu acordo negociado em 2009 de reestruturação da carreira da saúde.
A próxima assembleia geral será dia 31 de março (horário e local a definir).
A data-base da categoria é 1º de março. A Comissão de Negociação do SindSaúde-SP, buscando dialogar com o Governo do Estado, já se reuniu com representantes da Secretaria de Gestão Pública, no dia 5 de março, e na Secretaria da Saúde (SES), no dia 15 de março. Nas duas reuniões, o descaso foi confirmado. Dificilmente o projeto de reestruturação será encaminhado para o legislativo nem há perspectiva de reajuste do “vale-coxinha” de R$ 4,00 que atinge outras categorias do funcionalismo estadual.
Em 5 de março, após ouvir da Secretaria de Gestão Pública que não há nenhuma proposta salarial, os trabalhadores decretou estado de greve. Durante a semana passada realizaram mutirões de mobilização em diversas unidades para uma possível paralisação que foi reafirmada na assembleia de sexta-feira.
*Os trabalhadores reivindicam:*
– 40% de aumento salarial para reposição de perdas salariais
– Envio do projeto de reestruturação da carreira da saúde conforme acordo negociado com o SindSaúde-SP em 2009
– Aumento do vale-refeição dos atuais R$ 4,00 (desde 2000) para R$ 14,00
– Jornada de 30 horas para todos os trabalhadores da saúde
– Valor do Prêmio de Incentivo igual para todos
– Implantação das COMSATs – Comissões de Saúde do Trabalhador – em todas as unidades de saúde e implementação das orientações deliberadas pelas Comsats já atuantes
– Implementação das diretrizes do SUS no estado, com atendimento de toda a população em toas as suas necessidades, de um curativo a uma cirurgia de alta complexidade, sem restrições
– Fim das Organizações Sociais de Saúde (OSS) e retorno das unidades e serviços terceirizados para a administração direta no estado