Quem convoca greve é sindicato e não eventos no Facebook
Nem a CUT nem as demais centrais sindicais, legítimas representantes da classe trabalhadora, convocaram greve geral para o dia 1º de julho.
A Executiva Nacional da CUT está reunida nesta segunda-feira (24), em São Paulo, para debater a conjuntura, reafirmar sua pauta de reivindicações e decidir um calendário de mobilizações em defesa da pauta da Classe Trabalhadora, de forma responsável e organizada, como sempre fizemos.
A convocação para a ‘suposta’ greve geral do dia 1º, que surgiu em uma página anônima do Facebook, é mais uma iniciativa de grupos oportunistas, sem compromisso com os/as trabalhadores/as, que querem confundir e gerar insegurança na população. Mais que isso: colocar em risco conquistas que lutamos muito para conseguir, como o direito de livre manifestação.
É preciso tomar muito cuidado com falsas notícias que circulam por meio das redes sociais.
Vagner Freitas
Presidente Nacional da CUT
Sergio Nobre
Secretário-geral
Às (aos) psicólogas (os)
Greve é coisa séria e o instrumento de luta mais importante da classe trabalhadora. Os eventos e manifestação que estão acontecendo revelaram que a mobilização da sociedade é importante para gerar debate e impulsionar mudanças. Mas, ao analisarmos os acontecimentos com uma visão crítica, podemos ver que em diversos casos houve ação de oportunistas e de grupos de ultra-direita, que tentaram impor pela violência suas pautas, impedindo que partidos e sindicatos se manifestassem.
Greve significa parar a atividade econômica, paralisando escritórios, lojas e fábricas, mas também transporte, hospitais e outros serviços. Isso quer dizer faltar ao trabalho com todas as consequências de tal ato. E quem se responsabilizará? O SinPsi, concordando com a CUT, denúncia a tal pretensa greve como um ato oportunista e irresponsável.
Exortamos aos psicólogos e psicólogas que continuem atentos e mobilizadas por nossas bandeiras e pelas causas da sociedade, que são muitas e que não inventamos agora.
Para além de manifestantes, nossa formação e conhecimento nos exigem uma postura atenta e reflexiva, que pode apresentar elementos para o avanço de uma consciência crítica.
Uma possível contribuição é a de que, pela nossa leitura dos processos grupais e de massa, possamos ajudar a transformar processos massivos e despersonalizados em processos coletivos que ancorem sujeitos que podem se constituir em atores efetivos de transformação.
Rogério Giannini
Presidente do SinPsi