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CUT-RJ promove debate sobre o sofrimento psíquico no trabalho

Dezenas de ativistas e dirigentes sindicais compareceram ao seminário Trabalho Decente e Ação Sindical, no auditório da CUT-RJ, no último dia 12.

O debate foi precedido de palestra sobre o sofrimento psíquico do trabalho, feita por Fernando Gastal, doutor em Psicologia Clínica do Trabalho e professor da UFRJ. O evento foi promovido conjuntamente pelas secretarias da Juventude (Thiara Nascimento), de Formação (Maria do Céu), Relações do Trabalho (Marcello Azevedo) e Saúde do Trabalhador (Luiza Dantas)  da CUT-RJ.

A atividade se insere na campanha da CUT em defesa do trabalho decente, que está relacionada à luta contra o adoecimento pelo trabalho. O professor Gastal traçou um quadro histórico do sofrimento psíquico dos trabalhadores desde a início da industrialização até os dias atuais. A conclusão é que, para extrair o máximo de produtidade dos trabalhadores, sempre houve assédio moral, superexploração e aprisionamento das energias.

Gastal fez questão de sublinhar que a sociedade capitalista é uma sociedade que enquadra os sentidos, os sentimentos, a disciplina e o corpo. Ou seja, o homem é utilizado como máquina de produzir. Neste sentido, o taylorismo e o fordismo foram sistemas pensados para extrair o máximo de produtividade e aceleração dos processos, com exigências fisícas e psíquicas cada vez maiores.

Hoje o adoecimento no trabalho, ou provocado pelo disciplinamento, está cada vez mais presente nos call centers, nos bancos, nas indústrias de informática, nas fábircas, etc. A consequência, alerta o professor, é que não param de crescer denúncias de suicídios, depressões, impotências físicas e distúrbios mentais.

Por tuso isso, a luta pelo trabalho decente e pela garantia de direitos, a promoção da saúde e da qualidade de vida devem estar presentes nas agendas sindicais, nas negociações e nas pautas a serem apresentadas aos patrões e ao governo.

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