Prefeito do PSDB faz manobras para aprovar, no período de recesso, projeto que foi derrotado pelos municipais no primeiro semestre de 2018
A gestão Doria/Covas não aprendeu. Após ter enfrentado a maior greve dos servidores municipais da história, a prefeitura paulistana tenta, mais uma vez, impor mudanças na aposentadoria que representa um severo ataque aos trabalhadores. E tenta fazer isso durante o recesso do final do ano, a toque de caixa, na expectativa de não haver manifestações.
Conhecido como PL do Extermínio, o projeto de lei 621/2016 havia sido enterrado devido à forte mobilização dos servidores no primeiro semestre deste ano, ainda com João Doria (PSDB) na prefeitura. No entanto, passadas as eleições, o sucessor Bruno Covas (PSDB) resolveu reapresentar a proposta na Câmara Municipal, que prevê aumento na contribuição dos trabalhadores, de 11% para até 14%. Um verdadeiro confisco na folha de pagamento. Além disso, o PL irá privatizar parte do sistema de aposentadoria do funcionalismo, com a criação da Sampaprev.
Para o funcionalismo público, que sobrevive sem valorização salarial, a renda mensal ficará ainda mais comprometida com o aumento da contribuição.
A expectativa do prefeito é ter o projeto votado até 24 de dezembro. Com isso, Covas atropela processos e ritos necessários da administração pública, repetindo a desastrosa gestão de Doria, que abandou o cargo, após altos índices de impopularidade, para tocar os desmontes no governo estadual.
A CUT-SP repudia essa tentativa de Bruno Covas de seguir com o projeto sem diálogo. E presta total apoio e se une à luta dos trabalhadores, que já demonstraram força na paralisação de março deste ano, organizada pelos sindicatos CUTistas e demais entidades do funcionalismo.
Todos juntos em defesa da aposentadoria!
Direção Executiva
CUT São Paulo