Em reunião realizada nesta segunda-feira (17), em Brasília, representantes do governo, de empresários e dos movimentos sociais não chegaram a um acordo sobre o percentual de participação de representantes dos três setores na Conferência Nacional de Comunicação (Confecom).
A conselheira do Conselho Federal de Psicologia Roseli Goffman participou do encontro, como representante do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Participaram também os ministros das Comunicações, Hélio Costa, da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, além de outros representantes dos movimentos sociais e da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) e da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra).
Uma nova reunião está marcada para a próxima terça (25), antes da reunião da Comissão Organizadora, para tentar solucionar os impasses.
O governo defende que o percentual de delegados seja dividido de forma paritária entre organizações sociais e empresariado (40% de representantes da sociedade civil, 40% de empresários e 20% do Poder Público) enquanto alguns movimentos sociais defendem maior participação da sociedade.
Outro ponto que ficou sem solução é do quórum necessário para aprovar questões consideradas polêmicas durante a Conferência.
Segundo Roseli Goffman é preciso discutir com as bases esses pontos e definir o posicionamento para a próxima reunião. O FNDC discute na tarde desta terça (18) essas questões.
“Acho que a grande proposta dessa Conferência é trazer o campo público para a discussão, pois sempre governo e empresariado, principalmente radiodifusores, decidiram as questões da comunicação”, afirmou Roseli.