31mar2025 Por Norian Segatto
Foto de chamada: Roberto Parizotti/CUT
O domingo de 30 de março foi marcado por manifestações em várias cidades do país contra a anistia aos golpista de 8 de janeiro de 2023. Milhares de pessoas saíram às ruas exigindo punição dos envolvidos nos atos de vandalismo e tentativa de golpe de estado.
Os atos foram convocados pela CUT, outras centrais sindicais, movimentos populares e pelas frente Brasil Popular e Povo sem Medo. A data escolhida remete ao golpe militar de 1964, ocorrido em 1º. de abril daquele ano (a narrativa ditatorial oficial transformou a data em 31 de março para não coincidir com o dia da mentira).

Em São Paulo, a concentração aconteceu na Avenida Paulista e reuniu cerca de 25 mil pessoas. Da icônica avenida, os manifestantes realizaram uma caminhada até o prédio do antigo Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), local onde presos políticos eram torturados e onde muitos deixaram a vida, como o jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 1975; anos antes, Rubens Paiva também foi assassinado nas dependências do DOI-Codi do Rio de Janeiro.

Além de exigir punição para os golpistas e cadeia para Bolsonaro e a cúpula militar envolvida na tentativa de golpe, os atos deste domingo reafirmaram a luta por uma sociedade democrática.