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Ministro de Bolsonaro sabia do esquema de candidatas laranjas em Minas

Candidata não eleita e que afirma não ter integrado a operação montada pelo PSL em Minas Gerais para lavagem de dinheiro vive em Portugal com medo de retaliações por parte de Marcelo Álvaro Antônio, titular do Turismo

A candidata a deputada estadual pelo PSL de Minas Gerais nas eleições de 2018, Cleuzenir Barbosa confirma que o partido montou um esquema de candidaturas-laranja naquele estado, com o objetivo de lavagem de dinheiro público do fundo partidário e acusa o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, de envolvimento na operação. As informações foram publicadas na edição desta terça (19) da Folha de S.Paulo.

“Era o seguinte: nós mulheres iríamos lavar o dinheiro para eles. Esse era o esquema. O dinheiro viria para mim e retornaria para eles”, afirmou a Cleuzenir, segundo o jornal.

A reportagem informa que “Cleuzenir também fez as acusações na polícia e no Ministério Público, que investigam o caso. Ela afirma ter sofrido pressão de dois assessores de Marcelo Álvaro para devolver R$ 50 mil dos R$ 60 mil que recebeu do fundo eleitoral do PSL mineiro.

Ainda segundo a reportagem o ministro do governo Jair Bolsonaro “era o comandante da sigla em Minas, responsável pela montagem das chapas. Parte do dinheiro público foi direcionado a quatro candidatas do PSL mineiro apenas para preencher a cota feminina de 30% das candidaturas e de verba eleitoral.”

O dinheiro enviado às candidatas foi parar na conta de empresas de assessores, parentes ou sócios de ex-assessores do atual titular do Turismo.

Cleuzenir diz não ter aceitado integrar o esquema e não foi eleita (teve 2.097 votos). Ela vive hoje em Portugal. Disse à Folha ter deixado o Brasil exclusivamente por medo de retaliações por parte dos aliados do hoje ministro.

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