A bancada feminina da Câmara e diversas entidades que lutam pelo fim da violência contra as mulheres lançaram nesta quarta-feira (18) a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Neste ano, a campanha busca combater a chamada violência sútil, aquela que ocorre no dia a dia e que é considerada normal, como o “menosprezo moral” e/ou “acusação ou insulto moral”, assim como “exigências que limitem a liberdade de escolha de roupas ou maquiagens e humilhação pela aparência física”.
A deputada Alice Portugal, coordenadora da bancada feminina, informou que o foco da campanha na violência sutil contra as mulheres visa a alertar e punir os atos de violência que são considerados normais e até corriqueiros. Essas campanhas são promovidas desde 1991 em 159 países e tem como objetivo alertar a população sobre os atos de violência contra as mulheres e buscar a punição daqueles que praticam tais atos.
A deputada anunciou que a bancada feminina já convidou a farmacêutica Maria da Penha, que deu o nome a lei de combate à violência contra a mulher (Lei Maria da Penha), para um debate no mês de dezembro na Câmara com a bancada feminina.
Representante da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Kátia Guimarães disse que a violência contra as mulheres ainda é muito grande e que só neste ano a Central de Atendimento à Mulher (telefone número 180) registrou cerca de 116 mil ligações. “Isso significa que ainda temos estatísticas elevadas de mulheres que se encontram na situação de violência”.
De acordo com ela, a tentativa de dar visibilidade à campanha de 16 dias visa a mostrar que há no governo federal canais de serviços para atender essas mulheres.