A primeira reunião entre professores da rede pública de ensino de São Paulo e o secretário estadual de Educação, Paulo Renato de Souza, após a suspensão da paralisação que durou um mês, terminou na terça-feira (14) sem avanços.
Paulo Renato disse aos professores que a Secretaria de Educação não tem competência para decidir sobre reajuste salarial. Outras reivindicações das entidades representativas da categoria serão analisadas, prometeu o secretário.
A indicação de Paulo Renato é que os professores procurem as Secretarias da Casa Civil e da Fazenda para negociar reajuste salarial. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), estranhou o fato e insistiu com o secretário: “salário também faz parte da política de valorização profissional dos professores”. A Apeoesp encaminhou na própria terça pedido de audiência às secretarias.
Para reposição dos dias parados, a Apeoesp propôs um cronograma com pagamento dos professores à medida que as aulas forem repostas, mesmo que seja necessária folha suplementar para garantir o pagamento. O secretário já sinalizou que só haverá pagamento dos dias parados, após reposição.
A entidade também propôs ao secretário, garantir aos professores da categoria “O” que obtiveram mais de 50% de acerto na prova de admissão de temporários participação na atribuição de aulas durante o ano e não ter de fazer nova prova.
Mudanças no caráter dos concursos públicos do magistério também entraram na lista de consultas e possíveis respostas de Paulo Renato. A Apeoesp pediu que os concursos deixem de ter caráter eliminatório e passem a ser classicatórios. Segundo o secretário, em 2011 haverá novo concurso para professores.