Mais de 500 militantes da luta Antimanicomial lotaram o Auditório Franco Montoro na Assembleia Legislativa de São Paulo para exigir a criação da Frente Parlamentar Antimanicomial. Pelo SinPsi, que ajudou a organizar o ato, compareceram mais de 30 militantes com destaque para uma delegação de Presidente Prudente.
A atividade, em clima emocionado e ao mesmo tempo festivo, marcou uma posição forte contra o retorno dos manicômios agora chamados de “Comunidades Terapêuticas”. Em sua fala no evento, Rogério Giannini, presidente do SinPsi, destacou que a campanha do medo na questão do bairro da Luz (chamado de Cracolândia) busca vendar a ideia de que a saída passa pela internação compulsória. Para ele, esse discurso rearticula a visão manicomial, pois as tais comunidades são de fato manicômios. Outro ataque é ao caráter laico do estado e principalmente ao cuidado à saúde, já que as tais comunidades são majoritariamente vinculadas a denominações cristãs. De fato, afirma Giannini, as tais comunidades acabam respondendo também a uma necessidade da comunidade religiosa que a controla, pois frente à dificuldade de “curar” a pessoa com dependência, isolá-la passa ser uma alternativa mais do que bem vinda.
Giannini terminou sua fala com um sonoro não ao financiamento das comunidades pelo dinheiro púbico.