O último dia do VI Seminário Nacional de Psicologia e Direitos Humanos, terça-feira, 23 de junho, trouxe aos participantes duas mesas: Intolerância às Diversidades Culturais, Sexuais e Raciais e Criminalização dos Movimentos Sociais.
Para embasar a discussão, foram convidados para a primeira mesa a socióloga e presidente da ONG DaVida, Gabriela Leite e o membro da Coordenação de Estudos Afro-Brasileiros da Fundação Joaquim Nabuco, Ronaldo Laurentino Sales. Os comentários foram feitos pelo psicólogo Paulo Maldos e a coordenação da mesa pela integrante da Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, Cláudia Sampaio.
Gabriela Leite afirmou que as violações dos direitos humanos das prostitutas se manifesta, por exemplo, nas precárias condições de trabalho e que, ao contrário do que se imagina, não são os clientes que as fazem sofrer. “O que faz prostituta sofrer são as péssimas condições de trabalho e a violência policial”. Quanto ao tema da mesa, Gabriela colocou que “a intolerância leva as pessoas a cometerem atos violentos que não resolvem absolutamente nada”.
O encerramento do Seminário foi feito pela coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP, Ana Luiza Castro, que agradeceu aos participantes. “Encerro o seminário, mas não nossas tarefas”, disse em sua mensagem final.
No debate sobre ciriminalização dos movimentos sociais estiveram o professor da Unisinos e membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos, Jacques Távora Alfonsin, a psicóloga clínica e membro da equipe de assistência psicológica do Grupo Tortura Nunca Mais, Vera Vital Brasil, o coordenador nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Gilson Cardoso, os comentários foram realizados pela Subprocuradora-Geral da República do Ministério Público Federal, Ela Wiecko. A coordenação foi feita pela integrante da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP, Janne Calhau.