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Servidores da saúde decidem pela continuação da greve em São Paulo

São Paulo – Mais de dois mil servidores estaduais da saúde de São Paulo decidiram nesta sexta-feira (20) pela continuidade da greve no estado, iniciada no dia último dia 13. A decisão foi tomada em assembleia, na avenida Paulista, após reunião nesta manhã da secretaria estadual da saúde com o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado (SindSaúde). A presença no ato foi calculada pela PM.

Na ocasião, participaram o presidente do SindSaúde, Benedito Augusto de Oliveira, e o coordenador de Recursos Humanos, Haino Burmester, da Secretaria da Saúde do Estado. Segundo Oliveira, não houve avanços em relação à pauta de reivindicações apresentada e o representante do governo paulista propôs o agendamento de uma reunião, até a próxima quinta-feira (26), do sindicato com o secretário da saúde. A data ainda não foi confirmada.
Os servidores fizeram caminhada na avenida paulista, do Museu de Arte de São Paulo até a Secretaria de Gestão Pública do Estado, na rua Bela Cintra. Entre as principais pautas de reivindicação dos servidores estão o aumento salarial de 26%, maior número de funcionários públicos para atender as unidades de saúde e 30 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores públicos do setor.
“Estamos enfrentando salário baixo, falta de equipamentos e o aumento das filas para o atendimento à população e há mais de dez anos, não temos salário digno. Por isso, exigimos respeito do governo estadual”, afirmou Aparecida de Toledo, servidora há 20 anos.
O governo alega que promoveu no ano passado uma reestruturação de cargos e salários do setor, que resultou em até 40% de aumento salarial. Mas o presidente do SindSaúde afirma que, no universo de 70 mil trabalhadores do setor, somente 19 servidores chegaram ao aumento máximo informado pelo governo.
A diretora da secretaria de Formação Sindical do SindSaúde, Maria Aparecida Cornaccini, disse que a greve continuará por tempo indeterminado e tende a se ampliar no estado.
Reivindicações
– Aumento salarial de 26%. O índice é o mesmo de 2011 já que o reajuste do ano passado foi consequência da reestruturação da carreira e o aumento de 7% previsto na lei para 2012 é insuficiente.
– Aumento do auxílio alimentação, equiparando com o valor pago no judiciário e no legislativo do Estado. O auxílio está congelado em R$ 4,00 há 12 anos.
– Regulamentação da jornada de 30 horas para todos
– Prêmio de Incentivo: aumento do valor; pagamento no 13º salário e férias; correção das distorções nos valores pagos e transparência na verba da saúde repassada pelo Ministério da Saúde para o Estado.
– Aposentadoria especial: é um direito constitucional do trabalhador que ainda não está regulamentado no estado de São Paulo.
– Concurso público para suprir falta de pessoal nas unidades de saúde.
– Revisão da Lei Complementar 1.080/08, corrigindo erros na criação dos cargos e rebaixamento na letra.

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