Com informações: CUT
O que o Iêmen, a Nigéria, a Palestina, a Síria, a Ucrânia, o Azerbaijão, o Congo e mais 23 países têm em comum? Resposta: a guerra! Sim. Ao redor do planeta, em pelo menos 29 nações há um conflito bélico deflagrado, que vitimam milhares de pessoas diariamente.
E por que a mídia mundial só fala sobre a guerra da Ucrânia? A cobertura da imprensa internacional e tupiniquim segue a (ideo)lógica das políticas da guerra híbrida, em que confrontos armados dividem trincheiras com maniqueísmos e informações parciais, sustentação do judiciário e outras formas não menos bélicas de promover ataques à soberania das nações.
Contra a guerra de interesses cuja principal vítima é o povo ucraniano, mas também contra todos os demais conflitos, sindicatos de diversos países estarão nas ruas nesta terça-feira, 15. Em São Paulo, o ato será na Praça do Patriarca, no centro da capital, a partir das 10h, com a organização da CUT e dos sindicatos filiados à entidade.
A campanha internacional #SindicatosPelaPaz teve início em 24 de fevereiro, data em que a Rússia iniciou ataques à Ucrânia. A iniciativa envolve grande parte das entidades ligadas à Confederação Sindical Internacional (CSI).
Para o movimento sindical, é a classe trabalhadora quem sofre as consequências das guerras que ocorrem pelo mundo, seja pelos ferimentos e mortes, pela migração forçada ou pelos dramáticos efeitos econômicos e sociais de qualquer crise envolvendo armas e forças militares.
Guerra na Ucrânia
Se você assiste apenas os noticiários dos telejornais, muito provavelmente está recebendo uma carga de informações parciais e movidas por interesses políticos, econômicos e ideológicos. E poderá estar, mesmo sem notar, repetindo essas visões distorcidas.
Os movimentos que levaram à deflagração do conflito na Ucrânia são muito mais complexos do que cabem em um noticiário televiso, ou no espaço desta matéria. Resumindo a grosso modo: na Ucrânia se instalou desde a metade da década passada, um governo de ultra direita, que abriu suas fronteiras para o avanço da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), braço dos EUA em sua política intervencionista mundial. Esse avanço feriu acordos estabelecidos com a Rússia, que se deu ao direito de “se defender” e atacar o país vizinho. Putin é um político conservador, aliado à burguesia milionária da Rússia pós socialismo e sua postura é tão condenável quanto a da OTAN e dos Estados Unidos. Não tem santo nessa história.
Por isso, a posição do movimento sindical é de que o conflito (real) de interesses seja solucionado pelas vias negociais porque na guerra, as maiores vítimas são a população, especialmente – como sempre – as de menor poder econômico.
Serviço
Não à Guerra na Ucrânia- Sindicatos pela Paz
15 de março – Terça-feira
10 horas
Praça do Patriarca – Centro de São Paulo
Para entender mais sobre a situação da Ucrânia recomendamos dois vídeos
Entrevista com a presidenta Dilma para o canal 247
Tempero Drag – com Rita Von Hunty