Em nota, Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-SP destaca importância da articulação feminina contra a segregação no transporte público
As mulheres de São Paulo conquistaram uma importante vitória nesta terça (12) com o veto ao Projeto de Lei (PL) nº 175/2013, impedindo a criação dos “vagões rosa” exclusivos ao público feminino nos trens da CPTM e do Metrô.
Para a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, não é possível a continuidade de medidas paliativas e discriminatórias como a do “vagão rosa”, que, de um lado, excluem a presença feminina sob o disfarce da “proteção” e, do outro, transferem a elas a responsabilidade de todo o assédio e da violência sofridos pelas próprias mulheres.
A conquista é mais uma prova da importância da organização das mulheres da CUT e dos movimentos sociais, que se uniram e agiram rapidamente promovendo mobilizações contrárias ao projeto.
Sem as pressões feministas, em pleno ano eleitoral havia, sim, o risco dessa medida populista ser sancionada, reforçando a terrível ideia da segregação como se fosse solução adequada para o problema do machismo. O PL aponta, ainda, para a necessidade fundamental da participação da sociedade na construção coletiva e dialogada dessas propostas.
Alcançamos uma nova conquista contra a discriminação de gênero, mas permanece nosso enfrentamento a todos os meios de expressão do machismo.
Por isso, defendemos a realização de campanhas educativas para aceitação e respeito às mulheres em qualquer espaço, além de mais investimentos para qualidade dos transportes públicos e, sobretudo, políticas públicas efetivas para promover a igualdade de gênero e a autonomia feminina.
Para a Central, não é separando, nem dividindo, que protegeremos as mulheres do assédio e de outras formas de violência. O mundo que acreditamos e defendemos é aquele no qual eles e elas possam conviver juntos.
