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13ª Plenária CUT/SP: Para alterar a estrutura sindical brasileira precisaremos ter unidade CUTista, defende Artur Henrique

Ao iniciar a análise conjuntural política e econômica na qual a CUT está inserida, Artur reconheceu a importância da Central Única dos Trabalhadores do estado de São Paulo em ter mais de 300 sindicatos filiados, representando cerca de 3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

Na sua fala, além de reforçar posições políticas históricas da CUT o tempo todo, ele relembrou os 30 anos do CONCLAT, realizado na Praia Grande, como forma de resgatar que uma das principais bandeiras de luta da CUT desde sua fundação é pela mudança na estrutura sindical brasileira. “Nós fundamos a CUT em 1983 com a clareza de que o modelo sindical precisava mudar. Com isso, diziam que uma Central com ideias tão unitárias não iria durar tanto. Hoje somos a 5ª maior central sindical do mundo e a maior central sindical do Brasil. Não é agora que podemos perder a unidade”, afirmou.

Artur ressaltou o discurso da unidade, pois acredita que o momento é positivo para avançar na luta dos trabalhadores e na disputa pelo modelo de desenvolvimento que a CUT defende, demonstrando que a Central é diferente das outras, principalmente por ter concepções e práticas sindicais diferentes.

“Com a crise iniciada em 2008 e que se estende até hoje, estamos em pleno momento de debater o modelo de desenvolvimento que queremos. Mas que modelo é esse que queremos? Quando falamos rumo ao socialismo, de que socialismo estamos falando?”, questionou.

Para ele, o debate sobre a distribuição de renda deve estar no centro do modelo de desenvolvimento que a CUT defende para o Brasil. “É preciso ter desenvolvimento não só econômico, mas social e ambiental também”, completou.

Fim do imposto sindical e mudança na estrutura sindical brasileira
“Temos uma legislação para que os trabalhadores não sejam sócios dos sindicatos. Por exemplo, um sindicato que luta pelos trabalhadores e consegue uma negociação de aumento salarial, esse aumento vai para todos, inclusive o não sindicalizado. Então, o patrão que dificulta a entrada do sindicato na empresa, dificulta também a sindicalização dos trabalhadores, a atuação do sindicato na luta por esses trabalhadores e, inclusive, a sobrevivência desses sindicatos”, criticou Artur.

Por isso, defende que a substituição do imposto sindical por uma negociação coletiva, decidida em assembleia por todos os trabalhadores/as, venha acompanhada também da aprovação da convenção 87, que discorre sobre liberdade e autonomia sindical.

Porém, Artur também alertou que, na contramão da história, estão sendo criados 3 sindicatos novos por dia no Brasil, o que divide ainda mais os trabalhadores/as. “Não podemos mais ter dentro da CUT sindicatos de gaveta, com presidentes que têm 6, 7, 8 anos de mandato. As nossas entidades sindicais precisam ser mais democráticas”, defendeu Artur.

Ao finalizar o seu discurso, ele reafirmou que o debate sobre uma nova estrutura sindical precisa e pode ser reforçado nessa 13ª Plenária da CUT, mas alertou: “Para isso, precisaremos de unidade”.

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