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15 cineastas LGBT vencedores ou indicados ao Oscar que você precisa conhecer

Alguns deles são responsáveis por clássicos antigos e contemporâneos do cinema.

Dramas. Musicais. Documentários. Baixos orçamentos. Grandes orçamentos. Clássicos grandiosos de Hollywood. Títulos independentes que fazem sucesso em festivais. Enredos de época. Enredos contemporâneos.

A contribuição de diretores e/ou roteiristas LGBT no meio do cinema é diversa. O Oscar, no decorrer dos anos, reconheceu vários desses grandes artistas com indicações e prêmios.

Esta lista é uma pequena fração desses grandes nomes do cinema — e uma grande demonstração de que não há espaço impossível para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.

1. James Ivory

Conhecido pelas aclamadas adaptações da literatura Os Vestígios do Dia (1993), Retorno a Howards End (1992) e Uma Janela para o Amor (1985), Ivory foi indicado ao Oscar de direção por estes três longas.

Hoje, aos 89 anos, concorre pela primeira vez ao prêmio de roteiro adaptado por Me Chame pelo Seu Nome (2017), baseado no livro homônimo de André Aciman.

Maurice (1987) é um filme particularmente marcante do cineasta. O drama romântico, festejado por público e crítica, aborda um relacionamento entre dois homens com um final feliz. Lançado em plena crise da aids/HIV dos anos 1980, Maurice mostrou para muitos gays daquela época, segundo a New Yorker, “como seria o amor entre dois homens gays”.

O produtor Ismail Merchant foi parceiro de Ivory tanto na vida profissional quanto pessoal. A parceria do casal durou mais de 40 anos — só a morte de Merchant, em 2005, a interrompeu. Ambos trabalharam juntos em quase todos os filmes dirigidos por Ivory.

2. Dee Rees

A norte-americana é um dos principais nomes em ascensão de Hollywood. Ela estreou em 2011 com Pariah, um drama independente sobre uma jovem negra em Nova York descobrindo-se lésbica.

Em seguida, fez para a HBO o filme Bessie (2015), sobre a cantora de blues Bessie Smith. Pelo trabalho, Rees indicada a dois Emmys.

Neste ano, ela concorre ao Oscar de roteiro adaptado por Mudbound: Lágrimas sobre o Mississippi (2017), escrito com Virgil Williams.

3. Dustin Lance Black

Black nas filmagens de ‘Virginia’, o segundo filme dirigido por ele

Vencedor do prêmio de roteiro original por Milk: A Voz da Igualdade (2008), sobre o ativista dos direitos LGBT Harvey Milk (1930–1978), Dustin Lance Black também dirigiu e escreveu a comédia Virginia (2010) e criou a minissérie When We Rise (2017). Exibida pelo canal ABC, a obra aborda momentos e ativistas-chave no avanço da causa de lésbicas, gays, bis e trans por direitos iguais e respeito.

4. Lee Daniels

Indicado ao Oscar nas categorias de filme e direção por Preciosa (2009), Lee Daniels é um nome proeminente do cinema independente dos Estados Unidos.

Ele dirigiu O Mordomo da Casa Branca (2013), sobre o funcionário negro do governo que trabalhou servindo políticos durante décadas. Com um orçamento de US$ 30 milhões, o longa-metragem com Forest Whitaker e Oprah Winfrey faturou US$ 176 mi em bilheteria mundial.

Outros trabalhos marcantes de Daniels são o drama Obsessão (2012), com Matthew McConaughey, Nicole Kidman e Zac Efron, e a série Empire (Fox).

5. Laura Poitras

Poitras é uma referência na produção contemporânea de documentários. O primeiro que ela dirigiu foi Flag Wars (2003), com Linda Goode Bryant, sobre um conflito entre uma comunidade gay e outra negra em Columbus, Ohio, durante um processo de gentrificação na cidade.

Por Citizenfour (2014), sobre o escândalo de espionagem da NSA iniciado com as informações vazadas por Edward Snowden, a documentarista venceu um Oscar.

Em 2016, ela lançou Risk, sobre a vida do editor-chefe do WikiLeaks, Julian Assange. O longa-metragem gerou bastante debate por levantar histórias de assédio sexual cometido por Assange.

6. Gus Van Sant

A homossexualidade e os efeitos que ela tem na vida cotidiana é algo retratado com frequência por Gus Van Sant. A carreira do diretor já dura quase 30 anos e, neste período, ele deu protagonismo a personagens gays em Garotos de Programa (1991), Até as Vaqueiras Ficam Tristes (1993) e Milk (2008). Van Sant foi indicado ao Oscar de direção por Milk e Gênio Indomável (1997).

7. Stephen Daldry

Vindo do teatro, o inglês Stephen Daldry foi indicado ao Oscar de direção por O Leitor (2008), As Horas (2002) e Billy Elliot (2000). Atualmente, ele trabalha como diretor e produtor da série The Crown (Netflix) pela qual ele foi indicado ao Emmy, e na adaptação para cinema do musical Wicked.

8. Todd Haynes

O cineasta é considerado um dos nomes mais relevantes da onda apelidada “New Queer Cinema”, de filmes independentes lançados nos anos 1990 com temática LGBT.

A homossexualidade é um tema frequente em suas obras: Veneno (1991), Velvet Goldmine (1998), Longe do Paraíso (2002) e Carol (2015) são alguns exemplos.

Por Longe do Paraíso, protagonizado por Julianne Moore, Haynes foi indicado ao Oscar de roteiro original. Pelo aclamado Carol, ele recebeu indicações ao Globo de Ouro e ao Bafta na categoria de direção. A minissérie que ele fez para a HBO, Mildred Pierce, é bastante celebrada e recebeu várias indicações ao Emmy.

9. Pedro Almodóvar

Pioneiro na representatividade LGBT no cinema, Almodóvar venceu o prêmio de roteiro original pelo antológico Fale com Ela (2002), pelo qual também foi indicado ao prêmio de direção. Tudo sobre Minha Mãe (1999), levou a estatueta de filme estrangeiro.

Personagens trans, lésbicas, gays e drag queens têm espaço como protagonistas em seus filmes coloridos; eles tendem a não ter cenas em que “saem do armário”, porque já são livres. Trata-se de uma resposta ao término da ditadura de Franco na Espanha.

10. Lisa Cholodenko

Outro nome expoente do cinema independente norte-americano, Lisa Cholodenko é mais conhecida pela comédia Minhas Mães e Meu Pai (2010), pela qual foi indicada ao Oscar de roteiro original com Stuart Blumberg. No filme, Julianne Moore e Annette Bening interpretam um casal de meia-idade em crise.

11. Alan Ball

O diretor, roteirista e dramaturgo Alan Ball conseguiu notoriedade pelo roteiro original de Beleza Americana (1999), que lhe rendeu o Oscar.

Ele também criou as séries da HBO Six Feet Under e True Blood, pelas quais foi indicado ao Emmy em várias categorias. Neste ano, estreia outra série que ele criou para o canal, Here and Now.

12. Rob Epstein

Em 1985, o documentarista tornou-se o primeiro gay a vencer um Oscar por um filme de temática idem, The Times of Harvey Milk, sobre o ativista homônimo. Ele divide o prêmio com Richard Schmiechen.

13. Jerome Robbins

Ele divide o Oscar de direção com Robert Wise pelo icônico musical hollywoodiano Amor, Sublime Amor (1961).

Originalmente um coreógrafo e dançarino, Robbins tinha experiência com balé e espetáculos na Broadway. A coreografia da peça de Amor, Sublime Amor, na qual o filme se baseia, é dele.

Em 1962, ano em que venceu o prêmio, ele ganhou o Oscar honorário, pelo legado deixado em filmagens de coreografias, tamanha a qualidade de seu trabalho no musical.

14. John Schlesinger

Este diretor venceu o Oscar por Perdidos na Noite (1969), um controverso e elogiado drama com Dustin Hoffman e Jon Voight — e que se tornou a primeira produção de temática gay a vencer a estatueta na categoria de melhor filme.

15. Geoffrey Fletcher

Diretor e roteirista, Geoffrey Fletcher venceu o Oscar de roteiro adaptado por Preciosa, dirigido por Lee Daniels e baseado no romance de Sapphire. Ele também escreveu e dirigiu o filme de ação Violet & Daisy.

 

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