Notícias

19 de Junho: dia nacional do migrante

Ainda hoje em dia, trabalhado por vários anos como psicóloga, os clientes me tratam como “a psicóloga do Ceará”. Ao contrario do período do sofrimento na vida acadêmica, hoje isso é para mim motivo de orgulho e felicidade

 

No dia 19 de junho é comemorado o dia da migração, sendo um tema bastante relevante sobre os aspectos social cultural e econômico. No entanto, faz-se necessário tocar na relevância deste processo, principalmente a migração do nordestino para a região do sudeste e também destacar alguns enfrentamentos vivenciados pelos os migrantes.

No Brasil, o processo de migração é mais comum da região do nordeste para o sudeste,   principalmente para o estado de São Paulo e depois Rio de Janeiro, pelo fato de fornecer maiores oportunidades de emprego em razão do processo de industrialização desenvolvido nesses estados.

No Entanto, as pessoas migram por vários motivos, entre eles: políticos, sócio econômico, religioso e educacional, ou seja, em busca de novas possibilidades. No geral, o fator econômico o mais comum em todo o processo migração. As pessoas buscam pólos industrializados para adquirir melhores condições de sobrevivências.

A luz dos dados, esse processo parece tranqüilo, porém, quem vive ou viveu a migração enfrenta ou enfrentou problemas tais como: preconceitos, descasos, humilhações, palavras pejorativas entre outros. Eu como nordestina, do sertão do Ceará, senti na pele todo tipo de discriminação dentro da escola, em especial na formação acadêmica que foi uma batalha dura e por conseqüências desse processo surgiram efeitos psicológicos, que pensei até em não continuar. Mas, fiz o que pude para manter viva a minha entidade cultural.

Sendo assim, a recepção que eu tive ambiente escolar não foi tão calorosa e respeitosa, a discriminação e a não aceitação do migrante era clara. No geral, a sociedade tem dificuldades em aceitar democraticamente as diferenças.

Ainda hoje em dia, trabalhado por vários anos como psicóloga, os clientes me tratam como a “psicóloga do Ceará”. Ao contrario do período do sofrimento na vida acadêmica, hoje isso é para mim motivo de orgulho e felicidade.

No livro “Os sertões” de Euclides da Cunha, essa frase, é retrato fiel do meu povo. “o nordestino é antes de tudo, um forte”. Pura verdade! Tenho orgulho de fazer parte de um povo, rico culturalmente, feliz vida, que enfrenta todo tipo de dificuldade e mesmo assim ainda é amável em todos os tipos de adversidade.

Referências.

COSTA, Josiane de Azevedo. A inserção dos alunos migrante nordestinos no ensino médio do Colégio Estadual Independência no município de Quirinópolis/Go em 2015

Migração no Brasil.

Geografia do Brasil

 

Deixe um comentário