No 25 de fevereiro celebra-se o Dia Internacional do Implante Coclear, a data foi escolhida em referência ao primeiro teste de implante auditivo em uma pessoa, pelo francês André Djourno, em 1957. Sem dúvida, uma data para comemorar os avanços da tecnologia e conquistas da medicina, mas, também, um importante momento para reflexão.
Nossa luta é pela defesa de uma psicologia que rompa com práticas historicamente pertencentes a uma ideologia na qual se busca apenas normalizar, recuperar e educar um corpo considerado patológico.
Alinhado a Nota Técnica CRP/SP 01/04/2019 – “orientação sobre a atuação das(os) psicólogas(os) no atendimento de pessoas com deficiência”, o SinPsi reforça a necessidade de que psicólogos/as, em suas intervenções junto a pessoas com deficiência auditiva, familiares e equipes, atuem no constante fortalecimento do princípio do direito ao exercício da cidadania. Devemos considerar a vivência da limitação na relação do indivíduo com os espaços e suas barreiras e não centradas exclusivamente no corpo.
Assim, durante a avaliação, estudo de caso, processo de decisão, preparação pré-cirúrgica, acompanhamento pós-cirúrgico e acompanhamento na reabilitação, destacamos o papel do psicólogo/a e sua potência em favorecer a compreensão acerca das expectativas e motivações quanto ao implante coclear, sobretudo quando envolve crianças, no trabalho com famílias.
Dessa maneira podemos contribuir na garantia do direito à tomada de decisão, promoção de acessibilidade e apoios necessários para a efetivação da liberdade de escolha e expressão.