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Privatização da Eletrobrás: vamos resistir ao desmonte do Estado

Por Norian Segatto

O governo Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional esta semana a Medida Provisória 1031/2021, que define a privatização da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás. O Senado abriu uma consulta pública se a população aprova ou não a medida (clique aqui para votar). A direção do SinPsi orienta para que seja votado NÃO projeto privatista.

“A privatização de empresas públicas cumpre a lógica do mercado de se apropriar dos bens públicos. O Estado constrói, investe em infraestrutura por anos, depois vem um governo neoliberal, sucateia e entrega para os empresários. O ministro Paulo Guedes (economia) tenta fazer isso com a Previdência, com a saúde e a educação, imaginem se nessa pandemia a população não pudesse contar com o SUS público e gratuito”, avalia a presidente do SinPsi, Fernanda Magano.

Além da questão mercadológica, de transferir patrimônio público para o privado e, em consequência, a massa de recursos financeiros, aumentando a concentração de renda, existe a questão estratégica. Há setores que a sociedade não pode permitir que fiquem à disposição das “leis do lucro”, da “oferta e da procura”, dos interesses de governos de plantão, porque são setores estratégicos para o desenvolvimento do país e os cuidados com a população. Assim é com a Saúde, a Educação, recursos naturais, transmissão de energia entre outros.

Isso sem falar que em todos os setores em que houve privatização, a transferência de renda para a iniciativa privada veio acompanhada de demissões, precarização do trabalho e piora no atendimento à população, além do perigo de desastres ambientais como os ocorridos em Mariana e Brumadinho

O governo Temer tentou privatizar a Eletrobrás. Não conseguiu. Bolsonaro tenta, agora, porque sabe que precisa entregar anéis dedos e tudo o mais para o empresariado apoiar seu projeto ditatorial de poder. Cabe aos setores democráticos da sociedade impedir isso.

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