Por Norian Segatto
Na noite de 17 de julho, dirigentes do SinPsi estiveram reunidos com diretores técnicos do Dieese para discutir caminhos e estratégias de negociação para a campanha salarial que se inicia. No dia 8jul ocorreu a assembleia que definiu a pauta de reivindicação, referendada pela categoria em plebiscito virtual ocorrido nos dias 11 e 12.
Durante o Seminário, Fernando Lima, do Dieese, apresentou diversos aspectos que envolvem uma negociação coletiva de qualquer espécie, seja de uma categoria profissional, um grupo de categorias (como é o caso do ramo da saúde, que congrega psicólogas, médicos, enfermeiras, assistentes sociais e outras) ou até mesmo de uma reunião de uma associação de moradores. Segundo ele, em primeiro lugar há o interesse de ambas as partes de negociar e chegar a um consenso e, depois, que cada reivindicação seja bem calçada em argumentos e números para mostrar suas necessidade e validade.
Um dos aspectos presentes na maioria das avaliações foi a maior dificuldade de negociação imposta com a reforma trabalhista de 2017, que criou obstáculos ainda maiores para a representação sindical e flexibilizou como pode o trabalho, descaracterizando a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).
Mesmo com um cenário adverso, o Sindicato entra em mais uma campanha com uma pauta sólida, que prevê reposição da inflação e aumento real, jornada de 30 horas, além de diversas outros pontos que visam garantir conquistas e avançar em direitos das/dos trabalhadoras/es.
“Foi um evento importante porque alguns dirigentes têm mais experiência em negociação com o patronato, mas outros ainda estão em processo de desenvolvimento e é importante compartilhar experiências para formar novas pessoas que possam encarar o desafio de sentar na mesa de negociação com os patrões e representar nossa categoria”, avaliou Fernanda Magano, tesoureira do SinPsi.