24.mai.2024 – Por Norian Segatto
No dia 17, uma sexta-feira em que termômetros marcavam 31 graus, véspera da comemoração oficial do Dia Nacional de Luta Antimanicomial, a avenida Paulista ficou pintada com as cores da loucura – mais de três mil pessoas participaram da atividade entre 10h e 17h. O ato, que ocorre todos os anos, é organizado pela Frente Estadual de Luta Antimanicomial, do qual o SinPsi faz parte.
No final da manhã já havia considerável concentração de pessoas, ocupando uma faixa da Paulista sob forte policiamento militar. Uma mini truck servia de palco para as manifestações do “microfone aberto”, em que qualquer pessoa podia deixar sua mensagem, recado, bronca. Aos poucos, a faixa destinada ao ato ficou pouca e a PM teve de liberar as duas pistas restantes para a caminhada.
Os muitos cartazes e faixas estampavam as bandeiras centrais do movimento antimanicomial: cuidado em liberdade, fim dos manicômios, fim do financiamento público para comunidades terapêuticas, mais verbas e estrutura para os CAPs e outros equipamentos, contra a terceirização e precarização do Sistema Único de Saúde.
Passeata
Os manifestantes saíram de frente do vão livre do Masp, caminharam, cantaram, dançaram, ergueram seus cartazes e faixas até o final da avenida e retornaram para finalizar a concentração em frente a um CAPs que fica na rua de trás do museu mais charmoso da cidade. Passavam das 17h quando, ainda sob intenso calor, o ato foi finalizado.
Diversas diretoras e o presidente do Sindicato participaram da atividade carregando uma faixa que exigia um “SUS antimanicomial”, ou seja, políticas públicas voltadas para o tratamento e cuidado e liberdade. Assista no canal do YouTube do SinPsi o vídeo produzido pela Secretaria de Comunicação do Sindicato sobre a passeata. Inscreva-se em nosso canal e nas redes sociais para acompanhar as novidades do sindicato.
