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Estão abertas as inscrições para o IX prêmio Bispo do Rosário

10.jul.2024 – Por Norian Segatto – com informações do CRP-SP

O Conselho Regional de Psicologia (CRP-SP) abriu inscrições para o IX prêmio Bispo do Rosário, cujo objetivo é “valorizar e divulgar obras de artistas usuárias e usuários de serviços de saúde mental autodeclarados, que residam no estado de São Paulo”. As inscrições podem ser feitas pelo site do CRP-Sp até às 18h do dia 6 de setembro.

Para concorrer, o participante deve preencher uma ficha, que se encontra no site do Conselho e encaminhar suas obras. Serão premiadas cinco categorias: Esculturas/Instalações; Pinturas/Ilustrações; Fotografias; Vídeos e Literatura (Poesias, Contos, Crônicas e outros textos). Em cada uma das categorias serão classificadas cinco obras. Os escolhidos receberão um prêmio no valor de R$ 1.500,00.

Quem foi Bispo do Rosário

Arthur Bispo do Rosário

Arthur Bispo do Rosário nasceu em Japaratuba, Sergipe, em 1909, filho de carpinteiro, pouco se sabe sobre sua infância, mas há registro de seu ingresso na Escola de Aprendizes Marinheiros, em Aracaju, no ano de 1925. No ano seguinte Bispo vai à cidade do Rio de Janeiro, onde se alista na Marinha de Guerra e permanece por nove anos.

Na Marinha, Bispo conheceu o boxe e se tornou campeão dos pesos-leves. Ao se desligar da Marinha passou a trabalhar na empresa Light and Power como vulcanizador no setor de transportes ao mesmo tempo que investia na carreira de pugilista. Em 1936 sofreu um acidente e teve o pé esmagado pela roda de um bonde, o que pôs fim à sua carreira no boxe.

Em 1938 teve uma “revelação” espiritual, que o levou a ir de madrugada ao Mosteiro de São Bento, no Centro do Rio, se apresenta aos frades como “aquele que veio julgar os vivos e os mortos”. É encaminhado ao hospício da Praia Vermelha, de onde é transferido para a Colônia Juliano Moreira.

Após 18 anos da revelação de sua missão, a obra de Bispo do Rosário despertou a atenção da mídia e de críticos de arte; em 1982 expôs pela primeira vez seus quinze estandartes na mostra “Margem da Vida”, no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. Após o sucesso da sua participação, recebeu vários convites para novas mostras, porém, essa foi a única exposição que ele integrou em vida. Bispo não aceitava se separar de sua obra e não se considerava artista. Para ele, tudo era fruto de uma missão que um dia seria revelada no dia do juízo final. Essas e outras informações sobre a vida de Bispo do Rosário estão disponíveis no Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea.