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CUT/SP encaminha propostas para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação

Todas as propostas aprovadas pela CUT para lutar pela Democratização da Comunicação no Brasil, pressionando avanços na 1ª Conferência Nacional de Comunicação(ConfeCom) que deve acontecer em dezembro, foram encaminhadas à comissão de sistematização da Pré-Conferência Paulista realizada no dia 1.° de agosto no auditório do Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo.

A Pré-Conferência convidou comunicadores e militantes de movimentos sociais paulistas para discutir propostas de consenso para a etapa da Conferência Estadual, ainda sem data definida. Organizado pela Comissão Pró-Conferência São Paulo, formada por 58 entidades e organizações, o evento focou também a necessidade de maior mobilização para a construção da etapa estadual. A CUT-SP faz parte da Comissão.

O encontro reuniu mais de 270 participantes e começou com uma mesa composta por representantes do Intervozes, da Abraço, do Portal Vermelho e do movimento feminista e LGBT, que reforçaram a criminalização do movimento social pela grande mídia. Em seguida, a coordenação abriu inscrições para a manifestação dos participantes.

Falando em nome da CUT-SP, Lilian Parise relembrou os muitos anos de história de luta da Central pela democratização da Comunicação, desde os tempos duros em que trabalhadores já eram criminalizados pela grande mídia pelo simples fato de defenderem direitos de organização e fortalecimento do movimento sindical.

Lilian destacou que, passados 26 anos de fundação da maior central sindical da AL e quinta do mundo, a CUT é protagonista na luta e no debate de propostas para garantir um novo marco regulatório, com definição de regras claras para concessões públicas, funcionamento e fiscalização de todo o sistema de comunicação brasileiro, assegurando também transparência e participação popular – o tão esperado controle social.

Ela exemplificou a luta pela democratização com a atuação cutista em duas frentes distintas e complementares. Ao mesmo tempo em que a CUT participa agora para construir a 1ª ConfeCom, participando da CNO (Comissão Nacional de Organização) e mais recentemente da direção do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), promoveu encontros estaduais e nacional para debater propostas e definir estratégias de atuação. Além disso, há anos a Central prioriza e investe na construção de uma rede de comunicação própria e atualmente é parceira estratégica da Rede Brasil Atual, já conhecida pela qualidade de informação em várias mídias – revista, programa de rádio, jornal e web. Até porque sem a democratização da comunicação não há garantia de democracia plena no Brasil.

Por fim, afirmou que a pressão maior da CUT agora é garantir a realização da 1ª ConfeCom, independentemente do boicote dos empresários da grande mídia que emperram até a publicação do regimento interno. Mais um ataque para que tudo continue como está e que tem tudo a ver com o fim da lei de imprensa e da exigência do diploma para jornalistas pelo STF, não por acaso às vésperas da eleição de 2010.

Outras três entidades cutistas ocuparam a tribuna – Fenaj, Sindicato dos Jornalistas de SP e Sinergia SP. Nenhuma outra central sindical falou aos participantes. À tarde, houve discussão em grupos separados por temas. A intenção era de reunir cinco propostas de consenso sobre cada tema.

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