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2º Encontro Nacional de Mulheres da Seguridade Social reúne mais de 180 delegadas

Cerca de 180 delegadas participaram na tarde desta segunda-feira, 27, do “2º Encontro Nacional de Mulheres da Seguridade Social”. O Encontro, que precedeu as discussões do 6º Congresso Nacional da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social, é um momento privilegiado para discussão das questões relativas às lutas e conquistas das mulheres nos espaços sindical e de trabalho e no âmbito da sociedade.

Dentro desta perspectiva, foi realizada a mesa de debates com o tema “Igualdade de Oportunidades na vida, no trabalho e no movimento sindical”.  Denise Motta Dau, secretária de Políticas para Mulheres da Prefeitura de São Paulo, deu início aos trabalhos destacando a importância do Encontro por discutir a questão de gênero, mas que o evento vai além ao discutir a questão de classe. Reitera, em sua exposição, que a mulher trabalhadora é uma agente de transformação social importante.

Também apresentou as possibilidades de se pensar políticas públicas voltadas aos direitos das mulheres de forma integrada e matricial nas esferas das administrações publicas. Para ela, estas propostas devem atacar todo o tipo de violência contra a mulher, mas também devem ser pensadas de forma integrada que garantam a emancipação e a autonomia efetiva das mulheres.

Paula Loureiro da Cruz, profissional da Justiça Federal e professora universitária, fez a segunda intervenção da tarde e aprofundou a análise dos mecanismos de dominação existentes na sociedade. Para a educadora, o campo Sindical é um espaço eficaz para a realização das transformações necessárias na sociedade, seja da causa da mulher, seja de todas as formas de dominação e exclusão social.

Para ela, a realização de um encontro como este proposto pela CNTSS/CUT propicia uma discussão extremamente rica ao debater temas voltados às lutas das mulheres, mas também por permitir a troca das muitas experiências desenvolvidas pelas trabalhadoras em todo o país. Observou, ainda, que é bastante interessante ver no plenário um número bem expressivo de delegados contribuindo com as discussões.  

Segundo Paula Cruz é preciso entender que a luta contra a opressão que a mulher sofre na sociedade não é uma ação política isolada das mulheres, mas deve contar com a participação dos homens também. Este projeto de sociedade deve ser pensado dentro da perspectiva e da consolidação da igualdade entre todos.

Fechando os trabalhos desta primeira mesa, Monica Valente, secretária subregional ISP Brasil, faz uma apresentação do cenário internacional da luta das trabalhadoras e do movimento sindical. Lembrou, inclusive, do período quando foi dirigente da CNTSS/CUT e observou os avanços conquistados nos últimos anos dentro da área de Seguridade Social, cuja categoria é, em grande parte, formada por trabalhadoras.

Valente mencionou os avanços econômicos e sociais conquistados nos últimos anos com a vitória dos governos democráticos e populares inaugurados em 2003. O país mudou para melhor e esta mudança é reconhecida nos espaços internacionais. O reconhecimento da luta dos trabalhadores também passa por esta valorização. Hoje as políticas desenvolvidas pela CUT servem de reflexão para a luta dos trabalhadores de vários países.

Esta mesma situação, segundo a expositora, acontece com as políticas de Seguridade Social implantadas no país, que foram construídas e consolidadas pela luta dos trabalhadores. Neste sentido, destaca as ações afirmativas e propositivas implementadas pelas políticas de lutas capitaneadas pela CNTSS/CUT, como entidade representativa do conjunto dos trabalhadores destas categorias nos setores público e privado.

Os trabalhos do 2º Encontro de Mulheres foram encerrados com a realização do balanço das atividades da Secretaria de Mulheres da CNTSS/CUT. Esta apresentação foi feita pela secretaria da área, Regina Costa, e por Rosana de Deus, da Executiva da CUT. Ambas avaliaram os passos dados nos últimos anos no processo de organização das mulheres no Ramo da Seguridade Social. A regionalização foi apresentada como um avanço importante. As delegadas também puderam apresentar seus relatos sobre as ações em seus Estados.

Além do balanço, foram apresentadas diretrizes para o próximo período. Outro ponto de destaque do debate foi a reflexão sobre a questão da paridade, que deverá ser implantada nas instâncias da CUT até 2015.

Para a secretária de mulheres da CNTSS/CUT, o Encontro foi positivo porque ampliará a discussão de gênero nos vários sindicatos da base da CNTSS/CUT. Reafirma, também, a organização das mulheres dentro de seus locais de trabalho. “As mulheres são maioria nas categorias profissionais que compõem a seguridade social. Posso dizer que ficou claro que o crescimento da organização das mulheres em seus locais de trabalho e no campo sindical foi  ampliado desde o último encontro nacional de Mulheres, em 2010. Nós saímos deste debate bastante otimistas dos avanços que estão por acontecer nos próximos períodos”, afirma a secretária.

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