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Após seis anos, morte de Marielle continua envolta em muitas dúvidas e perguntas

14.mar.2024 | Por Norian Segatto

Na noite de 14 de março de 2018, o Brasil e o mundo assistiam ao brutal assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes. Seis anos após a tragédia, diversas perguntas ainda não calam: “quem mandou matar Marielle?” “Por que ela foi assassinada?” “Quais interesses estão em jogo para que a verdade não seja divulgada?”

Histórico

Naquela fatídica quarta-feira de março, Marielle voltava de uma agenda do seu mandato, sentada no banco traseiro do automóvel dirigido por Anderson. No centro do Rio, sofreram uma emboscada e foram mortos a tiros.

O caso teve diversas reviravoltas, tentativas de abafamento. O caso chegou até Ronnie Lessa, também ex-militar e ligado a milícias cariocas, foi apontado como autor dos disparos contra a vereadora.

Estátua em homenagem a Marielle, no centro do Rio

Por sua vez, Lessa apontou Domingos Brazão, tradicional político carioca e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, como mandante do crime. Brazão tem ficha mais suja do que pau de galinheiro. Deputado estadual por cinco mandatos consecutivos, foi alvo de várias suspeitas de corrupção, chegou a ser afastado da Assembleia, mas ganhou a boquinha no TCRJ.

onde acumulou polêmicas e suspeitas de corrupção até ser afastado e, posteriormente realocado como conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

Além de Brazão, também aparecem como suspeitos Cristiano Girão, ex-vereador do Rio ligado à milícia, e o bicheiro, Rogério Andrade.

Outras pessoas também foram arroladas, mas até o momento, efetivamente, ninguém foi a júri, nem os reais motivos do assassinato foram esclarecidos.

Marielle Franco, mulher negra, vinda da favela, companheira de Mônica Benício, teve a vida marcada pela resistência e poder das comunidades. Sua morte a transformou em um símbolo contra a opressão de gênero e raça, contra a misoginia e homofobia, contra o poder das milícias e dos políticos poderosos que usam de sua imunidade e influência política e econômica para assaltar o Estado em benefício próprio. Seis anos depois, o país ainda exige justiça para Marielle Franco e Anderson Gomes.