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Ato dia 3 em repúdio à chacina no Guarujá pede o fim da Operação Escudo

A Coalizão Negra por Direitos, que reúne cerca de 200 entidades está convocando para esta quinta-feira, 3 de agosto, um ato em frente à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo em protesto à chacina no Guarujá durante a chamada Operação Escudo promovida pela PM, que matou pelo menos 19 pessoas.

A Operação, ordenada pelo governador Tarcísio de Freitas, levou terror às favelas da cidade como retaliação pela morte de um policial militar. O governador achou normal a operação e não viu excessos no massacre promovido pela Polícia Militar.  

Os manifestantes pedem a saída do governador Tarcísio de Freitas e o fim das intervenções policiais por vingança nos territórios pobres e negros.

Retrocesso

Ex-militar, apoiador de Bolsonaro, Tarsício iniciou seu mandado com um discurso moderado, tentando se desvincular da truculência verborrágica de seu chefe.

Nesses sete meses de seu governo, os números da segurança pública são, no mínimo, muito preocupantes. Os casos de estupro somaram 7.089 casos, um aumento de 15,5% em relação ao mesmo período do ano anterior e o maior desde 2001; na cidade de São Paulo o aumento dos casos foi de ordem de 26%. Já os furtos cresceram 2,8% no estado e 6,9% na capital paulista.

O jornalista Ricardo Noblat, em coluna de 1.ago.2023 chama também a atenção para outro fato: “Sem nenhuma explicação até hoje, os dados sobre extorsão mediante sequestro no estado e na capital desapareceram da plataforma da Secretaria de Segurança Pública”, comenta.  

Ouvidor da Polícia

Claudio Silva, ouvidor da polícia de São Paulo, afirma ter recebido uma série de relatos de violações dos direitos humanos ocorridas durante a operação policial. “Diversos órgãos de Direitos Humanos e movimentos sociais vêm relatando uma série de possíveis violações de direitos na região, à margem da legalidade, com indicativos de execução, tortura e outros ilícitos nas ações policiais na região, por ocasião da referida operação. A morte violenta do soldado PM e dos civis são inaceitáveis. Nada, nem nenhuma assimetria se justifica quando se clama por justiça e segurança para todos”, disse, em nota.

Claudio Silva foi um dos entrevistados do PodSin, podcast do SinPsi. Confira abaixo.

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Ato Público contra a chacina do Guarujá

3 de agosto de 2023 – 18 horas

Em frente à Secretaria de Segurança Pública