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Cartilha ajuda trabalhadoras ambulantes a enfrentar violência

São Paulo – As trabalhadoras do comércio de rua sofrem com diversas formas de violência. O trabalho das ambulantes é marcado por discriminação e preconceito. Para dar apoio social e político a essas trabalhadoras, o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos lançou uma cartilha para ajudar no enfrentamento dessa violência.

A ideia do projeto Trabalhadoras Informais surgiu de um trabalho anterior com todos os ambulantes da cidade, quando se percebeu que as mulheres eram a maioria dos ambulantes e ocupavam a “linha de frente”, demandando atenção especial, conta Amanda Paulista, que integra o projeto.

“A gente entendeu que era necessário fazer um trabalho para empodera-las, já que elas eram a linha de frente, para elas compreenderem melhor o contexto onde estão inseridas e também compreender o contexto de violência em que elas estão inseridas, que é diferente da violência que os homens sofrem”, explica Amanda.

O projeto inclui uma cartilha que explica aos vários tipos de violência que as mulheres, em geral, sofrem, e também as que acontecem no comércio ambulante: a violência física, moral e psicológica que vem da fiscalização e dos consumidores;  a violência patrimonial por parte dos fiscais que somem com as mercadorias apreendidas; a violência urbana, que nega a elas,  por exemplo, o uso do banheiro, e a violência sexual.

O projeto oferece também oficinas mensais, no próprio local de trabalho, sobre os direitos e deveres de cada ambulante. A grande luta é para legalizar a atividade, já que a prefeitura suspendeu novas licenças.

“Hoje, a gente tem um tem uma ação civil pública da Defensoria Pública e do Centro Gaspar Garcia que, por enquanto, garantiu o trabalho de alguns ambulantes nas ruas, por a juíza entender ter sido ilegais muitas das cassações e revogações feitas na gestão Kassab, mas, mesmo assim, é muito insuficiente”, afirma Amanda.

 

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