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CNTSS/CUT discute saúde das mulheres durante 2ª Conferência Nacional

“Saúde das mulheres: Desafios para a integralidade com equidade” é o tema central da Conferência que acontece de 17 a 20 de agosto, em Brasília

Brasília sedia de 17 a 20 de agosto a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres. Após um hiato de cerca de 30 anos, a primeira aconteceu em 1986, mulheres de todo o país se reunirão para discutir tendo como referência o tema central “Saúde das mulheres: Desafios para a integralidade com equidade”.  A Conferência tem como objetivo primeiro propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres. Estamos falando de um universo em que a mulheres representam cerca de 51% da população brasileira, ou seja, mais de 103 milhões de cidadãs, e que, de acordo com dados do Ministério da Saúde, são elas as principais usuárias do SUS – Sistema Único de Saúde.

A Direção da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social será representada no evento por sua secretária de Mulheres, Maria de Fátima Veloso Cunha, a secretária Geral, Sandra de Oliveira Silva, e a Tesoureira, Célia Regina Costa. Sindicatos e Federações filiadas à Confederação também mandarão representantes por seus Estados. A CNTSS/CUT, que agrega as áreas de Saúde, Previdência e Assistência Social, tem majoritariamente em sua base mulheres que atuam diretamente em políticas públicas e serviços prestados à população. Uma realidade cotidiana que permitirá contribuir com o debate proposto para a Conferência.

Pretende-se com as discussões sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres contemplar fortemente as políticas de equidade: da população Negra, da população LGBT, da população em situação de Rua, da população do Campo, da Floresta e das Águas. A ideia e reforçar o direito à saúde integral e publica e ter a equidade como referência para combater as desigualdades. O CNS – Conselho Nacional de Saúde espera que a Conferência consolide o Controle Social no SUS para a saúde das mulheres. É esperada a participação dos gestores públicos e privados, trabalhadores e usuários. A expectativa da coordenação é contar com 1.800 participantes.

O calendário proposto para esta 2ª Conferencia definiu que os trabalhos seriam iniciados nos municípios, etapa que compreendeu os meses de janeiro a maio. A fase estadual se estendeu de maio a junho. Esta programação estipulada pelo Conselho pretendeu, segundo os organizadores, trazer para a discussão as realidades locais e garantir o crescimento da participação social com a finalidade de trazer elementos que contribuam para barrar o retrocesso das políticas públicas e garantir o SUS totalmente público e universal.  Está entre as estratégias aprovar prioridades dentre as diretrizes e ações pela garantia de recursos constitucionais e das metas traçadas no Plano Nacional de Saúde e Plano Plurianual.

Estimativas apresentam que conferências municipais, macrorregionais, estaduais e livres contaram com aproximadamente 70 mil participantes. Foram momentos em que se ampliou a mobilização das mulheres visando a luta pela igualdade de gênero e contra os retrocessos propostos pelo governo federal que também afetam diretamente as mulheres. Neste sentido, merece destaque o embate que vem sendo travado conta a Emenda Constitucional 95/2016, que congela por 20 anos recursos públicos para a Saúde e Educação, e contra o processo de desmonte do SUS que almeja a privatização do atendimento de saúde em todo o país.

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Psicologia representada

Diversos sindicatos de Psicologia participam da 2° Conferência Nacional de Saúde das Mulheres. Pelo Rio de Janeiro, a conselheira fiscal Étila Ramos; por Minas Gerais, a presidenta Lourdes Machado e sua vice, Maria Luísa Moreira. E pelo SinPsi de São Paulo, a presidenta Fernanda Magano, que fala sobre a importância do evento:

“Esta Conferência acontecer 20 anos após a 1° é uma conquista e prova de luta das mulheres. A Abertura foi marcada por manifestações contra o Governo Golpista e em especial questionando o DESMINISTRO pelo sucateamento, terceirização e privatização do SUS”, disse.

Fernanda é delegada da ConFerência e está acompanhando os eixos temáticos e demais debates, para trazer encaminhamentos para a diretoria do SinPsi, composta em sua maioria por mulheres.

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