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CNTSS/CUT divulga nota em favor das eleições diretas e pelo fim das Reformas Trabalhista e Previdenciária

Confederação aponta gravidade das denúncias de propinas divulgadas pelo proprietário da JBS envolvendo Temer e Aécio Neves; trabalhadores devem manter mobilização em defesa da democracia e direitos

A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, por meio de seu presidente, Sandro Alex de Oliveira Cezar, divulga nota onde cobra que as graves denúncias divulgadas na noite desta quarta-feira, 17 de maio, envolvendo o presidente da República, Michel Temer, e o senador tucano Aécio Neves sejam apuradas com o maior rigor possível e que haja a punição que estes fatos exigem.

A Confederação também reitera a posição de realização imediata de eleições diretas e que todas as propostas de reformas apresentadas por este governo sejam imediatamente interrompidas. (Veja abaixo a íntegra da nota.)

NOTA DA CNTSS/CUT SOBRE A CRISE NO GOVERNO FEDERAL

“A Direção da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, entidade representante em todo o país dos profissionais da Seguridade Social – Saúde, Previdência e Assistência Social, nos setores público e privado, torna pública sua indignação e pede providências frente às graves denúncias divulgadas pela mídia nacional nesta quarta-feira, 17 de maio, de utilização de propinas envolvendo diretamente o presidente ilegítimo da República, Michel Temer (PMDB), e o senador tucano Aécio Neves (PSDB), presidente do principal partido aliado do governo e coparticipe do golpe impetrado contra a democracia brasileira e seu povo que culminou com o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. São episódios que tornam insustentáveis as permanências de ambos em seus cargos.

A gravidade dos fatos narrados e documentados pelo empresário e proprietário do Frigorífico JBS, Joesley Batista, demonstra objetivamente o modo criminoso e pautado na ilegalidade com que o governo federal opera. Ficou explícito o caráter nocivo que este governo ilegítimo mantido no poder por meio de acordos espúrios com o PSDB representa para o país e para os brasileiros. A Confederação reafirma sua posição em defesa da realização imediata de eleições diretas, em conformidade ao posicionamento da CUT – Central Única dos Trabalhadores e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. É essencial que o povo seja chamado para definir democraticamente o futuro do país. Está claro que só através do voto direito será possível reconduzir o país à sua normalidade institucional e ao caminho do desenvolvimento econômico e social. O povo e o país não podem mais ficar reféns deste conluio de malfeitores que tomou de assalto o poder.

A Confederação também reitera que este governo não possui legitimidade para governar o povo brasileiro e sequer apresentar quaisquer propostas de Reformas em áreas tão essenciais como a Trabalhista e a Previdenciária. Desta forma, insiste que todas as discussões sobre estas reformas sejam interrompidas imediatamente na Câmara e no Senado Federal. A ilegitimidade e a ilegalidade deste governo só consolidam a certeza já manifestada de que não há a mínima possibilidade de o Executivo Federal conduzir qualquer processo político de mudanças estruturais da economia ou de caráter social.

Este governo selou seu destino e seu fim com as graves denunciais apresentadas ontem. São fatos que só agregam mais culpabilidade às muitas outras denúncias apresentadas recentemente por meio de investigações da Justiça e da Polícia Federal. Ficou provado que Temer não possui a menor legitimidade e capacidade para governar o povo brasileiro ou conduzir qualquer política de Estado. A classe trabalhadora e os segmentos sociais progressistas estão mobilizados em todo o país para que sejam cumpridas as medidas legais e políticas cabíveis em casos desta natureza. Permaneceremos nas ruas e nos diversos espaços sociais lutando por nossos direitos e para que possamos retomar a legalidade institucional. Fora Temer! e Diretas Já!

Sandro Alex de Oliveira Cezar

Presidente da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos

Trabalhadores da Seguridade Social

São Paulo, 18 de maio de 2017

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