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Contra falta de diálogo de Alckmin, ato unificado do funcionalismo é nesta sexta (17)

Cumprimento da mesa de negociação coletiva no serviço público é uma das exigências do movimento sindical

O Fórum do Funcionalismo Público, que agrega diferentes categorias, vai realizar nesta sexta-feira (17), na Praça da República, às 17h, ato unificado para cobrar a pauta da campanha dos servidores, lançada em 7 de março.

Pouco tempo antes, às 14h, ocorrerá a assembleia do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A categoria completará amanhã 34 dias em greve.

Nesta sexta (16), eles permanecem na ocupação da Assembleia Legislativa de São Paulo. (Leia Mais)

Depois da assembleia dos professores, servidores da saúde e da segurança pública se somarão à marcha que sairá do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) até a Praça da República.

A presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, destaca o papel da unidade. “Trabalhamos dentro do estado e sofremos opressão do próprio governo. O descontentamento dos servidores de diferentes categorias mostra que a situação é um problema que envolve não só os trabalhadores, mas a população. Queremos valorização, afinal, nós prestamos serviços à sociedade, que tem por direito um serviço público de qualidade”, afirma.

A lei de responsabilidade fiscal determina que o limite de gastos com pessoal seja de 46,55%. Contudo, o governo paulista utiliza 44%, ou seja, abaixo do limite prudencial.

Para Rogério Giannini, Secretário de Relações de Trabalho da CUT, a postura dos sucessivos governos do PSDB tem sido a de não negociar. “Sempre apostaram na blindagem da midia e numa certa apatia da sociedade quando o tema é greve, para esvaziar o movimento e enfraquecer o sindicato. Mas dessa vez a força de mobilização da categoria e a capacidade do sindicato de liderar o movimento está sendo exemplar. Confio na vitória dos professores”, afirma Giannini.

O vice-presidente da CUT São Paulo e coordenador do Fórum do Funcionalismo Paulista, Douglas Izzo, também critica a postura do governo. “Os servidores exigem respeito à data-base, cumprimento da nossa pauta que nunca é respeitada, sem falar que Alckmin [PSDB] não dialoga, prefere a truculência ou a omissão. Não admitimos esta situação que destrói o funcionalismo”, avalia o dirigente.

Confira a pauta de reivindicações dos servidores paulistas

– Cumprimento da data-base (1º de março);

– Cumprimento da mesa de negociação coletiva no serviço público;

– Reajuste do ticket refeição;

– Reposição de perdas salariais e reajuste real de salário;

– Cumprimento da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre a negociação coletiva no setor público;

– Fim da terceirização, privatização e contratação por meio de concurso público;

– Defesa do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) e Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME) e retorno de suas gestões à Secretaria Estadual de Saúde.

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