A CUT e as centrais sindicais intensificam a pressão sobre o Congresso para aprovar a redução da jornada de trabalho semanal. Há consenso de que o projeto de emenda constitucional precisa ir a plenário, ao menos em primeiro turno na Câmara dos Deputados, ainda no primeiro semestre deste ano, por se tratar de ano eleitoral.
Por isso, a CUT programa um Dia Nacional de Luta para maio, em que serão realizadas greves, atrasos na entrada de turnos e mobilizações de rua em todos os setores de atividade, como forma de manter o tema na pauta e para mostrar a determinação de todas as categorias em reduzir a jornada sem redução de salários e com remuneração de 75% a mais sobre as horas extras.
Antes disso, haverá mobilizações no interior do Congresso Nacional, as chamadas “Ocupações Pacíficas do Congresso” para março e abril. A organização de cada uma das Ocupações ficará a cargo de uma ou mais estaduais. As demais CUTs estaduais, todas mais distantes geograficamente de Brasília, poderão evidentemente se somar às atividades.
*Assim fica o calendário:*
*Março*
1º a 4: CUT-SP e CUT-GO
8 a 11: CUT-MG e CUT-RS
15 a 18: CUT-DF
22 a 25: CUT-RJ, CUT-BA e CUT-CE
*Abril*
5 a 8: CUT-PR, CUT-SP e CUT-PE
12 a 15: CUT-RS, CUT-MG e CUT-SC
26 a 29: CUT-GO e CUT-DF
Durante as atividades no interior do Congresso, as delegações devem visitar os gabinetes de todos os deputados e deputadas, pressionando pela aprovação do projeto.
A CUT mantém-se irredutível na defesa de dois pontos essenciais do projeto: aumentar o custo da hora extra, como forma de inibi-las, e não vincular a redução da jornada à concessão de novos benefícios fiscais para os patrões – algo que eles querem incluir na discussão.