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CUT e movimentos sinalizam greve se Congresso seguir com votação da reforma

Em ato na Av. Paulista, classe trabalhadora reafirma disposição de luta em defesa da aposentadoria

O presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, disse nesta terça (5) que, caso o Congresso Nacional coloque em votação a reforma da Previdência, a classe trabalhadora fará greve nacional, reafirmando a disposição de luta da classe trabalhadora contra uma das maiores ameaças do governo golpista de Michel Temer (PMDB).

“Se no dia 13 colocar para votar, o Brasil vai parar. Já colocamos 45 milhões de pessoas em greve no dia 28 de abril e temos condições de fazer uma ainda maior”, disse o dirigente durante ato na Avenida Paulista, região central de São Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse que pretende colocar a proposta de alteração da aposentadoria já na próxima semana. No entanto, o governo ilegítimo ainda não possui os 308 votos necessários para aprovação. “O governo golpista está ameaçando os deputados que votarem contra a reforma a não terem suas emendas aprovadas, ameaça até corte no fundo partidário”, completou Vagner.

Já o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, disse que a votação, inicialmente prevista para ocorrer nesta semana, foi cancelada devido à mobilização dos trabalhadores. “Estamos novamente mostrando nossa capacidade de mobilizar, ainda mais num momento como este, em que o povo luta contra a máquina do governo, que através de vários favorecimentos, tentam emplacar a destruição da Previdência Social do Brasil”.

O ato, organizado pelos movimentos que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, seguiu em marcha até o escritório da Presidência da República, próximo à Rua da Consolação. Entre as categorias CUTistas presentes, participaram os professores, metalúrgicos, bancários, químicos, vestuários, entre outros.

Desde o início do mês, o ilegítimo presidente Temer negocia publicamente cargos e verbas públicas para obter os votos, mesmo indo contra praticamente toda a população do Brasil – última pesquisa CUT/Vox Populi aponta que 85% dos brasileiros são contra as mudanças.

Mulheres

Antes do ato contra a reforma, mulheres se reuniram em frente ao Masp para protestarem contra a PEC 181, que pretende proibir o aborto até em casos de estupro – um violento ataque às mulheres. As trabalhadoras CUTistas compareceram à atividade e leram, ao lado de outras militantes, a carta “Todas contra a PEC 181”.

“Não podemos permitir que os homens do Congresso tomem conta das nossas vidas, dos nossos corpos, enquanto milhares de mulheres estão morrendo pela falta dos serviços de saúde no país. Essa PEC fará com que as mulheres sofram duas vezes a violência”, afirmou a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, Márcia Viana.

Outras cidades

Além da capital, em São Carlos, no interior paulista, manifestantes também fizeram ato nas ruas da cidade. Pela manhã, os participantes se concentraram na Praça do Mercado Municipal.

No início da tarde, Bauru também registrou ações de panfletagens e diálogo com a população, em frente à Câmara Municipal, denunciando o golpe contra os direitos. Em Jundiaí, a CUT-SP e sindicatos colheram assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma.

Já em Campinas, a subsede da CUT e os movimentos realizam ato no final da tarde, no Largo do Rosário, na região central.

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