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CUT São Paulo promove ação contra a violência de gênero

A CUT São Paulo marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado nesta quarta (10), com panfletagem das 8h30 às 10h, na Praça da República, centro paulistano. Na luta pelo fim da violência contra a mulher, a ação é realizada pela Secretaria da Mulher Trabalhadora (SEMT-CUT/SP) e pela Marcha Mundial de Mulheres, com a participação de sindicatos cutistas e organizações do movimento feminista.

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O 10 de dezembro encerra a campanha dos 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, iniciados em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher. Os 16 dias de Ativismo são realizados simultaneamente em 159 países, num período de mobilizações em massa buscando maior compromisso social para prevenção, punição e erradicação desse tipo de violência. A ação foi criada em 1991 por feministas de diversos países, reunidas no Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), nos Estados Unidos.

Sônia Auxiliadora, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, destaca a importância da campanha por estimular o debate e as denúncias sobre a violência contra a mulher na sociedade, mas ressalta que a luta é pauta permanente na CUT, já que os estudos revelam, ano após ano, que continua a gravidade da situação. 

Entre as décadas de 1980 e 2010, mais de 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, sendo mais de 53% mortas por armas de fogo e 26% por objetos perfurantes ou cortantes, segundo dados do Mapa da Violência.

A pesquisa “Violência Doméstica: o jovem está ligado?”, divulgada no início de dezembro pelo Instituto Avon e o Data Popular, atesta as outras formas de violência enfrentadas no cotidiano feminino: 68% das mulheres declararam já ter levado uma cantada ofensiva; 44% delas afirmaram terem sido tocadas ou assediadas por homens em festas; 31% já foram molestadas no transporte público.

O estudo, com dois mil entrevistados, entre 16 e 24 anos, de todas as regiões do Brasil, aponta ainda que 43% dos jovens viram a mãe ser agredida pelo parceiro e que 55% dos homens admitiram ter xingado, empurrado, ameaçado, agredido fisicamente, impedido de sair de casa ou de usar determinada roupa, humilhado em público, obrigado a ter relações sexuais, entre outras agressões.

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