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Debate nesta segunda (5) discute a realidade da mulher jornalista

Com Marlene Bergamo, Rita Lisauskas e Rosane Borges, evento aborda o cotidiano da mulher na redação e os impactos da retirada de direitos do governo Temer na vida das jornalistas

“A realidade da jornalista: direitos e democracia” é o tema do debate que o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) realiza na segunda-feira (5), às 19h, na sede da entidade, na Rua Rego Freitas nº 530, sobreloja, centro paulistano. A atividade, gratuita e aberta à participação, é organizada pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade de Gênero e pela direção executiva do SJSP para marcar o Dia Internacional da Mulher, no 8 de março.

As convidadas são as jornalistas Marlene Bergamo, diretora do SJSP,  fotógrafa da Folhapress e co-autora do livro “Carandiru”; Rita Lisauskas, blogueira do “Ser mãe é padecer na internet”, autora do “Mãe sem manual” e colunista da Rádio Eldorado; Rosane Borges, pós-doutora em ciências da comunicação, professora da Universidade Estadual de Londrina, articulista da Carta Capital e membro da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-SP). 

O debate terá transmissão ao vivo pela internet, na fan page do Sindicato: www.facebook.com/SindicatoJornalistasSP/

Partindo da realidade de machismo e opressão vividos pelas jornalistas nas empresas de comunicação, o debate vai abordar o cotidiano da mulher na redação e os impactos da retirada de direitos do governo Temer na vida das jornalistas. Também serão discutidas questões como os assédios moral e sexual, a diferença salarial entre homens e mulheres, e a dificuldade da participação em editorias consideradas masculinas, como a de esportes e economia.

Fazendo uma análise de como as diferenças entre homens e mulheres aparecem no exercício da profissão, o evento visa, ainda, debater a relação entre essas desigualdades e a retirada de direitos com a aprovação da “reforma” trabalhista.

Uma das discrepâncias criadas pela “reforma” na legislação trabalhista é que, num caso de assédio sexual, por exemplo, se uma editora e uma estagiária forem vítimas do assédio praticado por um mesmo editor-chefe, as trabalhadoras terão indenizações com valores diferentes de acordo com o salário. Nesta situação, há uma desigualdade no tratamento de um mesmo crime para duas vítimas do mesmo assediador devido à diferença salarial.

Outro impacto está na flexibilização da jornada, que prejudica o conjunto dos trabalhadores, mas que resulta em prejuízos maiores às mulheres porque, além da sobrecarga no trabalho e com horas extras não pagas, as jornalistas ainda enfrentam a jornada dupla com as tarefas domésticas.

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, as mulheres passam o dobro do tempo nas tarefas domésticas em comparação com os homens – são quase 21 horas semanais para as mulheres contra pouco mais de 11 para os homens.

Como essas mudanças se relacionam com a necessidade de organização das mulheres pela luta pelo fim do golpe à democracia e contra a retirada de direitos é outro ponto a ser discutido pelas jornalistas.

Debate “A realidade da jornalista: direitos e democracia”
Dia: 5 de março de 2018 (segunda-feira)
Horário: 19h
Local: Auditório Vladimir Herzog – Sede do Sindicato dos Jornalistas
Rua Rego Freitas nº 530 – Vila Buarque – São Paulo – SP

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