O Brasil ocupa a segunda colocação em uma pesquisa que avaliou os países mais otimistas ao redor do mundo. Os dados partiram de um estudo realizado pelo instituto Gallup em 140 países. Cerca de 150 mil pessoas foram entrevistas e o material foi analisado por estudantes da Universidade de Kansas, nos Estados Unidos. À frente do Brasil, a Irlanda aparece como o país em que mais pessoas acreditam que sua vida vai melhorar daqui pra frente.
De acordo com a pesquisa, o otimismo é universal. Aproximadamente 95% dos entrevistados acredita que sua vida daqui a cinco anos será melhor que a que tinha há cinco anos. Matthew Gallagher, estudante de psicologia da universidade e idealizador do estudo, disse que a inspiração da esperança é o maior fator para mudanças. Apesar de todas as mazelas do mundo, como crise econômica, desemprego, guerras, mortes e epidemias, as pessoas continuam a acreditar no melhor, segundo Gallagher.
Iniciada há seis meses, a pesquisa envolveu telemarketing e visitas presenciais em países com acesso telefônico limitado. As pessoas responderam perguntas sobre acesso a condições básicas de sobrevivência, qualidade de vida, percepção sobre o governo e o que pensa sobre o futuro. No resultado final, a Irlanda aparece como o país com maior nível de otimismo, seguido do Brasil, Dinamarca e Nova Zelândia. Os Estados Unidos aparecem em décimo lugar e Egito, Haiti, Bulgaria e Zimbábue nas últimas posições.
O estudo mostrou, também, que os jovens são mais otimistas que os mais velhos. As pessoas que possuem mais bens têm mais esperança sobre o futuro que os mais pobres e as mulheres são ligeiramente mais otimistas que os homens. “Nós achávamos que o otimismo era generalizado mas nos impressionamos com a proporção mundial. Até em países africanos e sul-americanos que hoje apresentam graves problemas econômicos e as pessoas se vêem diante de incertezas, o nível foi muito alto”, disse Gallagher.
A pesquisa foi apresentada no último dia 24 de maio, em São Francisco, na reunião anual da Association for Psychological Science. As informações são do ScienceDaily.com.