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Fórum Social Mundial começa com 30 mil marchando por um outro mundo possível e necessário

Dez Anos Depois: desafios e propostas para um outro mundo possível – este é o tema do Seminário de avaliação de uma década de Fórum Social Mundial, que acontece nas manhãs de 25 a 29 de janeiro em Porto Alegre/RS.

A Usina do Gasômetro, patrimônio histórico e cultural da cidade abrigou a mesa de abertura, que teve a participação de importantes entidades dos movimentos sociais de vários países do mundo, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), representada por João Felício, secretário de Relações Internacionais. Também marcaram presença João Pedro Stédile, do Movimento Sem Terra (MST), o ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra e o idealizador do FSM, Oded Grajew Grajew (Cives e Movimento Nossa São Paulo), que ressaltou que a importância do FSM consiste em dar voz à sociedade civil organizada e oferecer uma possibilidade de fortalecimento da sociedade civil, a ponto de viabilizar seus objetivos.

João Felício destacou que o grande diferencial do Fórum sempre foi o ineditismo da idéia, pois nos anos 70, 80 e 90 não havia espaço para esse tipo de debate, além de ser um espaço para todo mundo. “Essa idéia deu tão certo que já estamos comemorando 10 anos de FSM. Ao contrário do Fórum de Davos, que não foi capaz de prever a crise financeira que enfrentamos, apesar de falarmos sobre isso há bastante tempo”. Segundo Felício, para aumentar ainda mais a unidade do FSM seria importante elaborar uma plataforma com as questões sociais aqui tratadas, de forma a balizar as ações dos movimentos sociais. “A reflexão é fundamental, mas é necessário mobilização de massa, por isso, colocar tudo no papel seria importante. Teríamos uma unidade maior dentro da nossa diversidade”, aponta.

O secretário finalizou reiterando sobre a necessidade de se olhar para o futuro e de construir um projeto de unidade. “Aqui as pessoas pensam o mundo de maneira solidária. Esse evento possibilita que conheçamos as diversas realidades, a pluralidade da sociedade. O Fórum é um grande projeto de unidade e só por isso já é sucesso”, completou.

Coordenado por Salete Camba, o balanço também contou com as participações de Lílian Celiberti (Articulación Feminista Marcosur – Uruguai), Raffaella Bollini (ARCI – Itália), Nandita Shah (National Network of Autonomous Women’s Groups (Índia), Cândido Grzybowski (Ibase) e Francisco Whitaker (CBJP).

*Marcha de Abertura*
Por volta das 15h, as principais avenidas e ruas de Porto Alegre começaram a ganhar cores, formas e sons, marcando a concentração para a tradicional marcha de abertura do Fórum. A diversidade e a pluralidade tomaram conta da paisagem, com mulheres e homens de várias gerações, raças, etnias, em plena demonstração de unidade dos movimentos sociais. São sindicalistas, estudantes, ambientalistas, feministas, partidos e movimentos políticos marchando em unidade, rumo a um objetivo em comum: um outro mundo possível e necessário.

A marcha saiu do Largo Glênio Peres por volta das 17h30 e seguiu pelas ruas Borges de Medeiros, Aureliano Pinto de Figueiredo e Av. Edvaldo Pereira Paiva até a Usina do Gasômetro. Segundo os organizadores, cerca de 30 mil pessoas participaram da caminhada.

A CUT marcou presença com delegações de todo o Brasil representando os mais variados ramos de atividade. Alguns dirigentes da CUT Nacional participaram da caminhada, como o secretário-geral, Quintino Severo; João Felício, secretário de Relações Internacionais; Rosane Bertotti, secretária de Comunicação; Expedito Solaney, secretário de Políticas Sociais; Rosana de Sousa, secretária de Juventude, Dary Beck Filho e Adeilson Telles, diretores executivos.

Quintino Severo parabenizou a organização do Fórum, especialmente, a CUT-RS, pelo empenho de sua direção e equipe de apoio que resultou no sucesso da marcha.

Por volta das 19h, a caminhada chegou na Usina do Gasômetro e fechou o dia com shows de Bataclã FC, Renato Borgetti, Revolução RS, Marieti Fialho, Tonho Crocco, Banda Gog, Teatro Mágico, Papas da Língua e Marcelo D2.

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