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Foto machista de estudantes de Medicina revolta internautas. Conselho promete punir

São Paulo – Uma foto publicada no Facebook, em que estudantes de Medicina posam trajando jalecos brancos, calças arriadas e com as mãos em um gesto que remete à genitália feminina, provocou reação do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES), que afirmou que cobrará punição aos envolvidos. Em nota, a entidade diz que se reuniu com a Universidade de Vila Velha – onde os alunos estudam – para que o Conselho esclareça sobre a seriedade do caso e o flagrante desrespeito à ética profissional, além de aplicar uma punição “compatível com o ocorrido”. 

Dois dos estudantes que posaram para a foto postaram em seus perfis #PintosNervosos, #vemcrm (numa provocação ao Conselho Regional) e “Finalizando o dia de fotos”, o que pode sugerir que a imagem tenha sido feita por ocasião de uma sessão que reuniu toda a turma para a produção de fotos para os convites de formatura.

A universidade marcou uma reunião para a tarde de hoje (11), com todos os alunos que estão na imagem, para ouvir as devidas explicações. Também em nota, a instituição de ensino “repudia todas as formas de ofensa e desrespeito” e afirma que está abrindo sindicância para apuração do ocorrido e “para penalização dos que vierem a ser responsabilizados”.

Segundo o portal G1, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) e vice-presidente da Confederação Nacional dos Médicos (CNM), Otto Baptista, reprovou a postura dos alunos. “Qualquer formando tem o direito de fazer suas manifestações, suas festas, até de uma forma irreverente. Mas essa irreverência não pode passar a ser um atentado contra a dignidade do médico. Se foi brincadeira, foi de mau gosto, e extremamente comprometedora, com repercussões éticas. Isso é uma coisa muito séria”, disse Otto.

Nas redes sociais, a foto provocou revolta entre os internautas. “Como médica há trinta anos, só posso expressar vergonha por saber que existem pessoas que querem vilipendiar a profissão dessa maneira. Absurdo”, escreveu uma usuária. 

“Achei absurdo e revoltante! Estou na dúvida se me sinto mais desrespeitada como médica ou como mulher”, afirmou outra leitora. “”São esses “profissionais” que cuidarão dos meus futuros filhos? Que nojo”, criticou um rapaz. 

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